Início Colunas A eliminação e o Dunga…

A eliminação e o Dunga…

A eliminação do Grêmio na Libertadores virar em crise até seria um fato normal. Mas eu pergunto: Se tivesse ganho um título dez dias antes, seria uma crise tão grande? Estaria o Luxemburgo com uma chance tão grande de ser demitido?
Se o Inter fosse eliminado pelo Santa Cruz do Recife na Copa do Brasil, guardadas as proporções das duas competições, o Dunga seria demitido? Não, pois conquistou um título dias atrás.
Luxemburgo colocou o time atrás, tinha ganho o primeiro jogo na Arena e o empate servia. Mas o Grêmio é muito grande, não tem comparação entre o Grêmio e o Santa Fé e por isso o tricolor deveria ter jogado pra cima do adversário em qualquer lugar.
O irmão do Barcos postou no twitter que Luxemburgo deixou o pirata atrás e depois, perdendo o jogo, o tirou de campo. Chamou o técnico do Grêmio de covarde e pediu sua saída do clube. Lembram quando o pai do Marcelo Moreno abriu a boca na imprensa o que aconteceu? E agora?
Agora resta ao Grêmio a Copa do Brasil e o Brasileirão, mesmas competições do Internacional.  O rico time montado para a Libertadores terá que se contentar com isso. Será que Koff vai aceitar? Acho que não.
Muito boa a entrevista da Zero Hora com o técnico Dunga no último domingo. Ele falou como poucas vezes falou à imprensa. Mostrou o que pensa, como trabalha, como foram as famosas “broncas” com a imprensa, enfim…
Dunga é um cara sério que ao mesmo tempo é brincalhão. Leva tudo na vida a sério, principalmente quando se trata de trabalho. Não quer perto dele quem não for trabalhar, ou quem poderá atrapalhar o seu trabalho.  Mas sabe também com os amigos ser o centro das brincadeiras.
Dunga joga uma pelada entre amigos gritando com os companheiros de time por não admitir a derrota, isso nem pensar. Mas assim que termina o jogo é o mais entusiasmado parceiro do churrasco, da conversa e das brincadeiras.
Numa parte da entrevista, Dunga lembra que alguém que pode ter jogado mais bonito que ele, mas não foi campeão, não ganhou título. Tem razão. Para Dunga o futebol é algo sério, e sério é o seu dia a dia, sem se importar em conquistar a simpatia de A ou B.
Com Dunga o Internacional, com os mesmo jogadores, passou a jogar seriamente todos os jogos e o primeiro título veio quatro meses após o início do trabalho. Agora resta saber como será o resto do ano para os colorados e para Dunga.