Tristemente, a pandemia do novo coronavírus vem abreviando vidas ao redor do mundo. A necessidade de isolamento social, para evitar uma disseminação ainda maior da Covid-19, provoca a redução das atividades econômicas. Como consequência, há uma crise na economia mundial, algo tão preocupante quanto a pandemia. Claro que a saúde vem em primeiro lugar, e devemos priorizá-la, mas a situação econômica deve ser monitorada pelas autoridades e pela população.
Para amenizar a intempérie financeira decorrente da pandemia, os governos assumiram o papel que lhes cabe neste momento: além de cuidarem da saúde e combaterem a pandemia, eles atuam mais intensamente como indutores da economia. Os governos estão colocando dinheiro na economia, aumentando o gasto público, para favorecer principalmente aos mais pobres, que, devido à pandemia, estão sem acesso a uma renda.
Na fase em que nos encontramos, o novo coronavírus determina uma crise do mercado. Cresce a participação do Estado na economia, porque o mercado está danificado. E, depois da pandemia, como ficará a situação econômica? Possivelmente, teremos que lidar com uma recessão. Tanto o Estado quanto o mercado passarão por dificuldades, pois o Estado ficará mais endividado, e o mercado, que já está danificado e historicamente depende de um Estado saudável, continuará em uma situação ruim.
Portanto, deve vir por aí um período ainda mais problemático para a economia, após a pandemia do coronavírus. O Estado vai precisar sanar suas dívidas, o que é uma questão permanente, mas ela está se aprofundando com o crescimento do gasto público, devido à Covid-19. E, sim, dependemos obviamente de uma recuperação do mercado, que pode demorar a acontecer. A economia de mercado continuará sendo fundamental para o desenvolvimento da sociedade humana.