A objetividade é, muitas vezes, uma exigência feita aos jornalistas. Dar uma notícia com clareza e isenção, sem opinar, ouvir todos os lados envolvidos no acontecimento, enfim… Ser objetivo é difícil, principalmente em uma sociedade pós-moderna, que, cada vez mais, busca entendimentos variados e subjetivos. A pós-modernidade, e seu modo de pensamento, dizem que o jornalismo nunca será plenamente objetivo. Pelo contrário. O jornalismo estaria muito longe de uma objetividade, pois seleciona fatos, fontes, ângulos mais ou menos importantes para a notícia: portanto, o jornalismo seria uma atividade marcada pela subjetividade, conforme ocorre com muitos outros campos de atuação.
A pós-modernidade, em alguns casos, é vista de modo negativo, porque, entre vários aspectos, ela aponta para o multiculturalismo e para a quebra de verdades absolutas. Houve tempos em que a Igreja Católica, por exemplo, estabelecia uma verdade que não poderia ser questionada, em torno da Bíblia. O darwinismo social, por sua vez, tratou de estabelecer culturas “inferiores” e “superiores” – outra forma de verdade absoluta. Já o pensamento pós-moderno aponta para caminhos diversos: não há cultura “inferior” ou “superior”. Há, isto sim, muitas formas de cultura. E esta ideia em si é muito relevante e construtiva, pois procura humanizar as relações entre as pessoas e as culturas. A humanidade está, justamente, no diverso, nas diferentes formas de expressão.
Claro que o pós-modernismo pode ter suas falhas, mas ele tenta fazer com que respeitemos a variedade, a diversidade. É uma linha de pensamento, e de atuação, que tenta quebrar regras nocivas para a sociedade humana. Regras que nos levaram a guerras, ao desrespeito, à desigualdade. Para que exista uma cultura de paz, é essencial respeitar o diferente e o diverso. Que assim seja.