Devemos reconhecer que vivemos em um mundo multicultural. Esta compreensão é necessária para que evitemos a violência contra culturas diferentes. Deve haver espaço, na sociedade, para as mais diversas manifestações. Definitivamente, o que não existe é uma cultura superior, e sim, nosso mundo é feito pela diversidade, por culturas diversas, umas ensinando às outras. Pena que não exista uma harmonia nesse sentido, mas ela pode ser difundida, pode ser espraiada.
Uma prova de que estamos longe da harmonia, é o conflito na Síria: há uma década, a Guerra Civil assola o País do Oriente Médio. Este trágico acontecimento completou dez anos de duração em março de 2021. Segundo o Portal Brasil Escola, que publicou uma matéria durante esse triste aniversário, “o saldo desse conflito é terrível”. Conforme o texto publicado no portal, “estima-se que até 600 mil pessoas possam ter morrido nessa guerra”.
Infelizmente, questões culturais decisivas para a humanidade são forjadas por conflitos muito violentos. A multiculturalidade é marcada por guerras, por domínio, por violência. Na Antiguidade, em território onde hoje se localiza a Grã-Bretanha, o povo celta sofreu a invasão do Império Romano. Posteriormente, os povos germânicos sobrepujaram o domínio romano naquele território. Desses conflitos, surgiu a língua inglesa, influenciada pelo latim do Império Romano e pelas línguas germânicas.
Vejam só, a língua inglesa, que é uma das mais difundidas e celebradas do planeta, possui uma origem marcada pela multiculturalidade. Nossa missão, enquanto sociedade humana, é fazer com que a diversidade cultural não se manifeste pela guerra, e sim pela compreensão do “outro”. Assim teremos harmonia, convivência, intercâmbio, distanciados da dominação, da violência.