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A autenticidade de um Gaúcho bem Pachola

Alyne Motta
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A palavra Pachola tem vários significados, como orgulhoso, despachado, tranquilo, e outros tantos na cultura gaúcha. Mas para um gaúcho, natural de Ibarama, remete ao seu jeito alegre e próprio de ser. Assim é Cizoni Dal Ri, o Gaúcho Pachola, um gringo com essência gaúcha, que adotou Santa Cruz do Sul como seu lar.
Criado nas lidas do campo, participa desde cedo de rodeios e festas campeiras, tanto na área artística quanto campeira. E foi nessas tertúlias livres realizadas em rodeios que descobriu sua paixão pela música. Sua primeira participação foi no programa Domingo no Parque, da Rádio Sobradinho.
E não parou mais. Em 1997, procurou novos rumos e veio parar em terras germânicas. Em Santa Cruz do Sul buscou aperfeiçoar suas técnicas e criou laços de amizade. No ano de 2002 deu início a sua carreira, levando ainda seu nome (Cizoni Dal Ri) e lançando o álbum “Do Rio Grande”.

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A cultura do sul em letra e música

O GAÚCHO PACHOLA
Com a dificuldade que muitos tinham de escrever, e até de falar seu nome, Cizoni saiu em busca de um nome artístico. Ao entrar em contato com Amaro Peres, na USA Discos, foi sugerido adotar Gaúcho Pachola. No princípio achou estranho e, comentando com Hélio Xavier, o Porca Véia, decidiu arriscar.
“Se até Porca Véia deu certo, eu não duvido de mais nada”, comentou Hélio Xavier. E assim, no ano de 2004, surgiu o primeiro álbum de Gaúcho Pachola “Do tempo dos pelegão”, gravado em Alvorada, pela Usa Discos. No ano de 2006 veio mais uma produção, “Abre a gaita gaiteiro”.
Buscando uma nova gravadora, Gaúcho Pachola lançou em 2008 o álbum “Gaúcho de Verdade”, produzido em Jaguari, pela Vertical. Não satisfeito com o retorno que vinha recebendo, foi falar com Ivete e Edson Campagna, da Acit e, juntos, desenvolveram o álbum “Pra varar a madrugada”.
Tendo cinco discos na carreira, sendo mais de 70% com músicas próprias, parcerias e participações especiais, em setembro de 2012, apresentou mais um trabalho solo. “Bem do tipo nosso” foi gravado em Caxias do Sul, também pela Acit, e tem projetos de tornar-se um DVD.

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Gaúcho Pachola retrata o Rio Grande em suas músicas

MÚSICO E COMPOSITOR   
Mais do que cantar, o Gaúcho Pachola preza por escrever suas próprias canções. “Sou um compositor dos meus estilos. Seja bom ou ruim, gosto de cantar o que eu faço e como sou”, explica Cizoni, que viaja para diversos cantos do país, ao lado do conjunto Marca Grande.
“Estou trilhando meu caminho, evidenciando costumes, tradições e o folclore gaúcho”, declara o músico, que foi Peão Farroupilha do Rio Grande do Sul em 1999/2000, em um Entrevero realizado na cidade de Três Passos. E o que aprendeu, tem levado adiante.

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Seja nas lidas do campo ou em tertúlias, Pachola se considera um gaúcho autêntico

RANCHO E ACONCHEGO
Morando num rancho, na área central de Santa Cruz do Sul, tem na parede a bandeira rio-grandense e a carta de princípios do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG). “São objetos importantes, que fazem me lembrar dos meus ideais”, declara Cizoni, que se considera um gaúcho autêntico.
Colecionador de coisas antigas, tem no lar o seu descanso. “O melhor lugar do mundo é a casa da gente”, afirma o Gaúcho Pachola. Guasqueiro por profissão, trabalha com o couro enquanto não está na estrada, fazendo desta atividade sua terapia e o sustento da casa.
Acreditando naquilo que faz, busca sua autenticidade, escrevendo e compondo canções que retratem seu cotidiano, lembranças e acontecimentos históricos. “Levo nas músicas o meu Rio Grande”, finaliza. Quem quiser contratá-lo para bailes e shows, pode entrar em contato pelo fone (51) 9911 7999.