EVERSON BOECK
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Além de ser o Dia da Criança, amanhã também é o Dia do Corretor de Seguros. Profissional da maior importância, ele não só zela pelos interesses diretos de seu cliente, mas, principalmente, pelo bem-estar da sociedade que ele ajuda a proteger, contratando e administrando as apólices de seguros de seus segurados. O dia 12 de outubro foi escolhido como o “Dia do Corretor de Seguros” durante o I Encontro Mundial dos Corretores de Seguros, realizado na Argentina, no começo da década de 1970.
No Brasil, a Lei 4.594, sancionada em 29 de dezembro de 1964, disciplina a profissão. Essa lei estabelece que o corretor de seguros, seja pessoa física ou jurídica, é o intermediário legalmente autorizado a angariar e a promover contratos de seguros, admitidos pela legislação vigente, entre as sociedades de seguros e as pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado.
A principal função do corretor de seguros, é garantir que o assegurado e a seguradora atenderão as cláusulas contratuais obrigatórias. A corretora de seguros por sua vez, busca analisar o nível de risco que o assegurado representa, desta forma tais informações são analisadas e enviadas à seguradora que definirá de acordo com os dados apresentados se efetuará o seguro do bem ou se recusará a proposta do assegurado. Tais informações, também serão relevantes para a segurada, a fim de formular o preço que o assegurado terá que pagar para manter o seu bem assegurado.
Em todo caso, a principal função do corretor é trazer tranquilidade ao assegurado garantindo que todas as cláusulas pertinentes estejam cobertas, além de enviar fraudes para a seguradora.
Divulgação RJ
Desde 2007 servindo como aporte para os profissionais
Em 28 de junho de 2007 um grupo de corretores de seguros, com o objetivo de se conhecerem e se auxiliarem, fundaram a Associação de Corretores e das Empresas Corretoras de Seguros de Santa Cruz do Sul e Vale do Rio Pardo.
O atual presidente da associação e proprietário da Haeser Seguros, Gustavo Haeser, acredita que os resultados obtidos durante estes anos pela entidade foram muito positivos. “Além de promover a integração entre os profissionais, há uma ajuda mútua. Promovemos encontros mensais onde trocamos experiências. Muitas vezes um corretor conhece um produto que ainda é novidade e compartilha com os demais. Temos uma concorrência saudável”, garante.
Para Haeser, mais do que vender, hoje o corretor tem uma função muito importante de consultoria. “Atualmente, o profissional precisa ter conhecimento do mercado para oferecer o melhor produto para o seu cliente, onde os dois saiam ganhando. Com isso ele vai fidelizar muito mais usuários”, esclarece.
Em relação ao mercado de trabalho para os corretores, Gustavo considera uma fase de ascensão, mas pontua a dificuldade em encontrar profissionais qualificados. “A procura por seguros está aumentando a cada ano, especialmente porque o PIB em relação ao seguro está crescendo muito. As corretoras estão ganhando mais espaço. O que não está fácil é encontrar um profissional qualificado para atuar na área porque, na maioria das vezes, exige-se experiência e isso é difícil hoje”, analisa.
ROLF STEINHAUS
Presidente da Associação dos Corretores e proprietário
da Haeser Seguros, Gustavo Haeser
IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL
Hoje em dia tudo é mais fácil. Você compra um carro novo e pode sair da concessionária já coberto por uma apólice de seguro contra danos, roubo e incêndio. Você vai ao banco e o gerente lhe oferece seguro residencial, planos de previdência e títulos de capitalização a preços módicos e com débito do prêmio direto em sua conta corrente. Esta facilidade não é diferente no mercado de seguros.
Por isso mesmo, para evitar dissabores no futuro, a compra de seguros exige diversos cuidados. Na verdade, para a maioria da população, contratar seguro pode ser bem complicado. Daí a importância do corretor de seguros que pode ser um indivíduo (pessoa física) ou empresa e é legalmente autorizado a angariar e promover contratos de seguro entre as seguradoras e seus clientes. As seguradoras, em geral, não vendem seguro diretamente aos interessados.
O corretor é remunerado por meio de uma comissão dada por uma porcentagem do valor do prêmio pago pelo segurado. A comissão é incluída no preço do seguro, daí que o corretor tem o dever legal de lhe prestar um bom atendimento, estar disponível quando o cliente tiver dúvidas ou precisar de ajuda em caso de sinistro. O corretor de seguros também responde por eventuais falhas profissionais que causem prejuízo aos seus segurados por conta de sua atuação. (E.B.)
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
A atividade de corretor não é uma tarefa fácil. Um bom corretor deve ter muito conhecimento, treinamento e paciência, pois frequentemente ele é o primeiro contato do cliente com o mercado de seguros e o primeiro a administrar os conflitos de interesse entre a seguradora e o segurado. Ele é o espelho do seguro.
A profissão de corretor de seguros foi regulamentada pela Lei 4.594, de 29 de dezembro de 1964, e seu exercício depende de prévia obtenção de título de habilitação concedido pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), autarquia subordinada ao Ministério da Fazenda.
Para a obtenção de tal título, a Susep exige a conclusão de curso técnico-profissional de seguros, oficial ou reconhecido, e a aprovação no exame promovido pela Escola Nacional de Seguros – Funenseg, responsável no Brasil pela formação do corretor.
O curso de habilitação é estruturado geralmente em módulos, com duração de três meses cada um. A avaliação é feita por provas específicas de cada disciplina. A sede da Funenseg é no Rio de Janeiro, mas os cursos estão disponíveis em outras 14 cidades, fornecidos dentro das seguradoras ou na modalidade ensino à distância.
A intermediação de seguros não é obrigatória por lei no Brasil, mas é desejável para o consumidor devido à complexidade dos contratos de seguros, mesmo porque a lei impõe o pagamento de corretagem em todos os contratos de seguros, independentemente da intercessão do corretor.
Nesse caso, a importância habitualmente paga a título de comissão de corretagem deve ser recolhida ao Fundo de Desenvolvimento Educacional do Seguro, administrado pela Escola Nacional de Seguros (Funenseg). Existem no Brasil cerca de 68 mil corretores, entre profissionais individuais e empresas.
Os corretores são representados pela Federação Nacional dos Corretores de Seguros Privados e de Resseguros, de Capitalização, de Previdência Privada, das Empresas Corretoras de Seguros e de Resseguros (Fenacor), na qual é possível saber se o corretor que está lhe atendendo tem a devida habilitação. (Fonte: www.tudosobreseguros.org.br)
HISTÓRIA
A profissão surgiu em 1578, em Portugal, com o papel de intermediar as relações entre segurados e seguradoras. Nenhum seguro seria válido sem a interveniência do corretor. A função diferenciava-se do escrivão de seguros, por ser custeada pelos segurados, o que garantia ao corretor um rendimento aproximadamente cinco vezes maior que o de um escrivão. O cargo de corretor era considerado propriedade pessoal e transferível.