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Uma aldeia para educar

“Muito agradecido, aliás se tem uma das coisas que mais me emociona em todo esse projeto é exatamente a contribuição da comunidade e a possibilidade que nós tivemos de concretizar esse sonho”, foi assim que o diretor-geral comentou as doações realizadas pela comunidade.
Em 2016, junto com a apresentação e início das obras houve o lançamento da campanha de doações da comunidade para a obra. Conforme o diretor foi ela que também tornou viável a obra além do uso de recursos próprios da instituição. 
“E as doações têm um sentido muito especial porque elas uniram o passado, o presente e o futuro. Tem gente que doou pela alegria de seus filhos terem estudado no Mauá, tem gente que doou por ter os filhos estudando no Mauá e tem gente que doou pelos netos que ainda vão estudar no Mauá. Me parece muito simbólico, porque a escola passa a fazer parte da família e vira uma grande família, e esse significado de ajudar além do meu dever, acho que fez muito bem para a instituição”.  

As doações também possibilitaram que a obra fosse realizada sem a busca de empréstimos bancários. “Escola é uma coisa da comunidade, tem gente que pensa que escola é um lugar de professores e de alunos, mas a escola é da comunidade e a comunidade precisa se envolver. Quando esse envolvimento chega a um nível tão alto, das pessoas abrirem mão de recursos financeiros próprios, transformá-los em doação para uma instituição acho que chegamos ao que o provérbio africano diz: é preciso toda uma aldeia para educar uma criança, e a aldeia se preocupa com seus filhos, falando da aldeia Santa Cruz”, exemplificou Raschen.
Em uma época de crise a escola acabou fazendo um alto investimento por acreditar no futuro e na educação. “Na verdade pensar nisso é pensar em qualidade de vida para as pessoas e também qualidade de formação”, destacou Raschen.