Banco de Imagens/RJ
Foi dado o pontapé inicial para a recuperação de mais um trecho das margens do Rio Pardinho, em Santa Cruz do Sul. A recuperação de mais de 185 metros de extensão por 21 metros de largura da beira do rio se dará por meio de engenharia natural, em que aproximadamente 11.750 mudas de seis espécies existentes no local serão replantadas juntamente com a aplicação de materiais inertes (rochas e solo envelopado) a fim de evitar o processo erosivo que evolui em direção às áreas de cultivo.
A obra ajudará a evitar a perda de solo frágil, pois diminuirá a velocidade da água do rio que leva o solo e a vegetação da margem. Antes do plantio da nova vegetação, será feita uma base com pedras para dar suporte para as mudas se desenvolverem. Somente quando essa parte estiver concluída é que serão plantadas as mudas adaptadas para resistirem à força das águas.
“Usaremos mudas nativas adaptadas ao ambiente, que aguentam a força da água na subida e na descida do rio”, explica o engenheiro florestal responsável pela execução do projeto, Charles Mafra. O plantio deve se iniciar em setembro, quando estarão disponíveis todas as mudas necessárias para o reflorestamento. Como a quantidade é muito grande, estão sendo produzidas por semente ou estaca de matrizes locais, adaptadas às características do Rio Pardinho.
Até as mudas estarem prontas e na melhor época para o plantio, a Salix Engenharia, empresa contratada para a execução do projeto, já está trabalhando no plano de ação, que, além da aquisição das mudas para o reflorestamento, prevê a limpeza e sinalização do local, melhorias no acesso, medições, mobilização do canteiro de obras e gerenciamento ambiental.
Além do ganho para o meio ambiente, o projeto de recuperação das margens do Rio Pardinho também deve melhorar a qualidade da água para os moradores de Santa Cruz do Sul. “A recuperação de mais um trecho da margem do rio irá auxiliar na redução dos sedimentos, o que melhora a qualidade da água, e também irá contribuir para reter mais a água na bacia, ajudando na captação”, completa a engenheira ambiental da Corsan Lidiane Radtke.
