Lucca Herzog
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No final de setembro, o diretor do Colégio Mauá, Prof. Nestor Raschen, em viagem pela Missão Educacional Estônia e Finlândia, organizada pela Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), esteve nos dois países para conhecer a realidade do ensino público na região, além de falar sobre a educação brasileira e do Colégio Mauá. Na segunda-feira, 9, Raschen, que também é vice-presidente do Sindicato das Escolas Privadas do Rio Grande do Sul (Sinepe-RS), relatou uma série de qualidades e medidas educacionais observadas nas escolas e na comunidade de Talín, capital da Estônia, e que podem servir de modelo para um ensino no Brasil.
A Estônia é um país europeu de recente história de protagonismo. Após a dissolução da União Soviética, em 1991, reestrutura-se independentemente como um país de alto investimento na educação, tanto que hoje detém o 1º lugar da Europa em educação.
O professor Nestor Raschen destacou a importância dada à qualificação e a formação continuada do professor, junto da regular avaliação anual do profissional. Além disso, a autonomia do aluno, do professor e do diretor das escolas, com liberdade e responsabilidade, é uma das diretrizes da gestão. Outras questões essenciais para o ensino público de qualidade são o alinhamento do ensino superior com a educação básica, a participação das famílias no processo e a equilibrada dosagem do uso e do investimento em tecnologia da informação.
Em comparação, Nestor Raschen, destaca que o Brasil tem muito potencial, mas que para realizá-lo precisa “sair do discurso de que a educação é importante e ir para a prática”, além de acreditar na capacidade de aprendizagem dos seus alunos. Ressalta que, avaliando a prática na Estônia, confirma que um país que valoriza um ensino público qualificado, e que constrói uma democracia que respeita o cidadão, é um país que terá mais cidadania, qualidade de vida, bons serviços públicos e menos gastos com segurança.