Nelson Treglia
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A Igreja Católica celebra nesta quinta-feira, 26, o Corpus Christi. Em Santa Cruz do Sul, haverá missa às 9h da manhã na Catedral São João Batista, com concentração dos representantes de todas as paróquias de Santa Cruz do Sul. Após acontece a procissão com saída na Ramiro Barcelos, e sequência na Marechal Deodoro, na Fernando Abott, Marechal Floriano, Júlio de Castilhos e chegada na Praça Getúlio Vargas, com celebração de Bênção ao Santíssimo. Segundo o Padre Zeno Rech, administrador da Diocese de Santa Cruz do Sul, cerca de 5 mil pessoas são esperadas nessas atividades.
Padre Zeno lembra que o Corpus Christi, em 2016, segue o preceito do Papa Francisco, que declarou este ano como o Ano da Misericórdia, caracterizando Cristo como “A Misericórdia do Pai”. “A Igreja, os cristãos e a comunidade devem perdoar. É um tempo de perdão e bem-querer”, explica Padre Zeno. “Corpus Christi” é uma expressão latina que significa “Corpo de Cristo”. A data, que inclusive é feriado, faz referência à presença real de Jesus Cristo na Eucaristia.
A Eucaristia é um dos sete sacramentos e foi instituído na Última Ceia, quando Jesus disse: “Este é o meu corpo… isto é o meu sangue… fazei isto em memória de mim”. Segundo Santo Agostinho, é um memorial de imenso benefício para os fiéis, deixado nas formas visíveis do pão e do vinho. A Eucaristia foi celebrada pela primeira vez na Quinta-Feira Santa e, portanto, Corpus Christi acontece sempre numa quinta-feira. A celebração é realizada 60 dias após a Páscoa e pode cair entre 21 de maio e 24 de junho. Mais especificamente, na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade, que, por sua vez, acontece no domingo seguinte ao de Pentecostes.
Quem estabeleceu a Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo foi o Papa Urbano IV, no século XIII. Na época, a freira agostiniana Juliana de Mont Cornillon teve visões de Cristo, que demonstrou desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque. Em uma Santa Missa, o sacerdote celebrante, ao partir a Sagrada Hóstia, teria visto sangue sair dela. O sangue teria empapado o pano conhecido como corporal, onde se apoiam o cálice e a patena durante a Missa. O assim chamado “Milagre de Bolsena” (referência à cidade italiana de Bolsena, onde ocorreu o milagre) motivou uma procissão do Corporal Eucarístico determinada pelo Papa, que posteriormente oficializou o Corpus Christi.