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Programa habitacional | Agricultores podem propor construção de casas

Modalidade do “Minha Casa, Minha Vida” recebe inscrições para diminuir déficit de moradias no interior

Construções novas serão priorizadas no início da retomada do programa
Divulgação/Contraf

Fabrício Goulart
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Trabalhadores rurais que se enquadrarem nos critérios do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR) poderão ser beneficiados com a construção de moradias. A modalidade do “Minha Casa, Minha Vida” foi retomada pelo governo federal e deverá diminuir o déficit habitacional no meio rural da região – considerado expressivo por sindicalistas.

Quem aponta a situação é o vice-tesoureiro do Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares (Staf) de Santa Cruz do Sul, Sinimbu, Vale do Sol e Herveiras, Gerson Morsch. “São aproximadamente 250 casas novas. São famílias que estão aguardando desde 2016, pois foi o último ano em que houve a construção das unidades no meio rural”, lembra, destacando a perspectiva para a região de abrangência da entidade.

Morsch explica que as propostas, que deverão ser apresentadas no sindicato, precisam levar em conta a renda bruta de R$ 31,6 mil ao ano. Além disso, terão prioridade situações em que a mulher é chefe de família, moradores de área de risco, casais jovens que moram com os pais, residências em que há idosos e outras situações que contemplem famílias em situações vulneráveis.

Embora o programa também abarque a reforma de residências, num primeiro momento serão priorizadas as construções novas. “Nesse momento optamos somente pela construção de casas novas pelo fato de estarmos retomando o projeto”, explica o sindicalista.

O valor total de cada projeto chega a R$ 75 mil. Para isso também é preciso disponibilidade de participação financeira obrigatória, como contrapartida de 1% do valor. Está isenta da contrapartida a família que, no momento da pesquisa de enquadramento, receber Benefício de Prestação Continuada (BPC), Bolsa Família ou auxílio de calamidade.

Segundo o vice-tesoureiro do Staf, os moradores do campo beneficiados não receberão o valor em dinheiro e sim os materiais necessários para a execução das obras, entrando com a mão de obra como contrapartida. “Na nossa visão, é uma das políticas públicas mais importantes para o meio rural. É na casa que o ser humano passa a metade da sua vida. Tudo começa com ter um lugar seguro e aconchegante para um bom descanso”, define Morsch. A matriz do sindicato fica na Rua Ramiro Barcelos, 1.044 e 1.054, no Centro de Santa Cruz do Sul e o contato também pode ser feito pelo telefone (51) 2109-1514.

Critérios de prioridade

•Família com mulher responsável pela unidade familiar;
•Família da qual faça parte:
– pessoa com deficiência, inclusive as portadoras de transtorno do espectro autista (TEA);
– pessoa idosas;
– criança ou adolescente;
– pessoa com câncer ou doença rara crônica e degenerativa;
– mulher vítima de violência doméstica e familiar;
•Família em situação de vulnerabilidade ou risco social;
•Família em situação de emergência ou calamidade, que tenha perdido a moradia em razão de desastres naturais;
•Família em deslocamento involuntário em razão de obras públicas federais;
•Família residente em área de risco;
•Família com menor renda per capita, medida pela relação entre o limite da renda bruta familiar anual e o número de membros integrantes da família;
•Comunidades tradicionais, remanescentes de quilombos e povos indígenas;
•Municípios em que haja presença de doenças endêmicas ou relacionadas ao saneamento inadequado;
•Beneficiários de políticas de desenvolvimento rural (Pronaf, Crédito Fundiário, Bolsa Família, Luz para Todos, Ater, PAA, PNAE, Agroindústria Familiar, Bolsa Jovem, Redes de Abastecimento Rural, etc.).