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Espiritismo LVII

A reencarnação baseia-se na marcha ascendente da Natureza e no progresso humano, dentro de sua espécie; nunca há retrocesso do humano para o animal. As origens das coisas e do Espírito é um segredo de Deus; apenas podemos fazer suposições e criar sistemas mais ou menos prováveis. Os próprios Espíritos não sabem tudo e apenas emitem suas opiniões pessoais, que podem ser muito sensatas. Nas relações entre o homem e os animais, segundo uns, o Espírito chega ao período humano, após ter-se elaborado e individualizado nos diversos graus dos seres inferiores da criação e segundo outros, não teria passado pela fieira vegetal e animal, sendo desde o início humano. O que sabe-se como certo é que o Espírito sobrevive, conserva a sua individualidade, após a morte, progride em suas faculdades, vive muitas existências no plano material e é feliz ou não conforme observe ou não as Leis de Deus.
As Leis de Deus estão na natureza e é a única e verdadeira para a nossa felicidade e são eternas e imutáveis; o homem, por fazer leis imperfeitas, teve de modificá-las.
Entre as leis divinas, umas são leis físicas e regulam a relação da matéria bruta; outras contêm as regras da vida do corpo e são as leis morais. As leis divinas adéquam-se em cada mundo ao grau de progresso dos seres que habitam.  A Lei de Deus está escrita e nossa consciência.
O tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem, como modelo e guia foi Jesus; Ele constituiu o máximo de perfeição moral a que podemos aspirar na Terra. Jesus falava mais por alegorias e parábolas, de acordo com o tempo e os lugares. O Espiritismo, veio no tempo adequado, pois o homem precisa habituar-se à Luz, do contrário ficará deslumbrado. As comunicações nunca foram tão claras completas e instrutivas como as de hoje, sem necessidade de mais parábolas e alegorias, sem mistérios; sua missão consiste em abrir os olhos e os ouvidos a todos, desmascarando os hipócritas, os que vestem a capa da religião e da virtude para ocultar seus interesses.
Estamos em uma época de muitas mudanças filosóficas, em que já não existem mais os aparelhos repressores, que procuravam impedir o crescimento de verdades incontestes, procurando “ocultar o sol com uma peneira”.

Odilon S. Blank