Pela elevação do pensamento a Deus, o homem aproxima sua alma d’Ele; sentimento da existência de Deus é inato na criatura. A verdadeira adoração vem do coração; Deus prefere os que assim O adoram, fazendo o bem e evitando o mal aos que o honram com cerimônias sem melhores para com os seus semelhantes. Todos são irmãos e filhos de Deus; Ele atraí a si os que obedecem suas leis.
Os hipócritas tem religiões somente exterior, pois são orgulhosos, invejosos, duros e implacáveis, praticam uma religião apenas por interesse ou ambição, fingindo para arrancar aplausos dos homens.
Quem passa todo tempo meditando, nada faz de meritório, pois sua vida pessoal é inútil à Humanidade; e ser-lhes-ão pedidas contas do bem que não fez.
A prece sincera é sempre agradável a Deus, quando vem do íntimo e não é decorada; propomos na prece: louvar, pedir ou agradecer ao Criador.
Pela prece sincera é o homem assistido pelos homens Espíritos, que vêm assisti-los. Não é necessário orar muito, mas bem.
Quem ora pedindo perdão por suas faltas, só o obtém se mudar de proceder; é salutar orar por outrem, pois os bons espíritos associam-se ao bem que deseje-se fazer.
Nossas provas dependem de Deus, que leva em conta a resignação com que oramos, dando-nos forças para suportá-las ou sugerindo-nos a idéia para sairmos das dificuldades, por nosso próprio esforço. As orações pelos mortos proporciona-lhes alívio nas provações por que passem no plano espiritual e consolação por se compadecerem de suas dores, bem como a ajuda de outros Espíritos, melhores do que ele, que vão esclarecê-lo e consolá-lo. Daí resulta na gratidão do Espírito sofredor e seu afeto por aquele que dele lembrou-se e orou por ele. O auxílio dos Espíritos depende não só de sua hierarquia, mas sobretudo do consentimento de Deus, sem consentimento nada se faz.
(continua)
Odilon S. Blank