Odilon S. Blank
O que sabe-se ao como certo e que o Espírito sobrevive, conserva sua individualidade, após a morte, progride em suas faculdades, vive muitas existências no plano material e é feliz ou não conforme observe ou não as Leis de Deus.
As Leis de Deus estão na natureza e é a única e verdadeira para nossa felicidade e são eternas e imutáveis; o homem, por fazer leis imperfeitas, teve de modificá-las.
Entre as leis divinas, umas são leis físicas e regulam as relações da matéria bruta; outras contêm as regras da vida do corpo e de alma e são as leia morais. As leis divinas adéquam-se em cada mundo ao grau de progresso dos seres que o habitam. A Lei de Deus está escrita em nossa consciência.
O tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem, como modelo e guia foi Jesus; Ele constitui o máximo de perfeição moral a que podemos aspirar na Terra. Jesus falava mais por alegorias e parábolas, de acordo com o tempo e os lugares. O Espiritismo, veio no tempo adequado, pois o homem precisa habituar-se à Luz, do contrário ficará deslumbrado. As comunicações nunca foram tão claras, completas e instrutivas como as de hoje, sem necessidade mais de parábolas e alegorias, sem mistérios; sua missão consiste em abrir os olhos e os ouvidos a todos, desmascarando os hipócritas, os que vestem a capa da religião e da virtude para ocultar seus interesses.
Estamos em uma época de grandes mudanças filosóficas, em que já não existem mais os aparelhos repressores, que procuravam impedir o crescimento de verdades incontestes, procurando “ocultar o sol com uma peneira”.
A moral é a regra de bem proceder, distinguindo o bem do mal, observando a Lei de Deus, que é fazer o bem para o próximo, o homem cumpre-a. Ela se resume na máxima de Jesus. “Fazei aos outros o que quereis que vos façam”. A lei natural traça para o homem o limite de suas necessidades, se ultrapassá-las é punido pelo sofrimento. Os Espíritos foram criados simples e ignorantes, com liberdade de opção entre o bom e o mau caminho; é preciso ganhar experiência e é por isto que vive a vida material.
(continua)