A variação do custo da Cesta Básica Nacional em Santa Cruz do Sul foi de -1,866% no período de 3 de março a 5 de abril deste ano, passando de R$ 602,78 para R$ 591,53, uma redução de R$ 11,25. Dos 13 produtos pesquisados, seis apresentaram redução e sete tiveram elevação de preço. Os dados estão contidos no levantamento mensal feito pelo Centro de Estudos e Pesquisas Econômicas (Cepe) da Unisc.
As maiores contribuições para esta redução do custo foram da batata-inglesa (-1,343%), da banana (-1,047%) e do tomate (-1,036%). Colaboraram para frear a baixa, a carne bovina (elevação de 0,479%), o leite tipo C (+0,474%) e o pão francês (+0,380%). Neste ano, a cesta básica acumula diminuição de 5,022% e, nos últimos 12 meses, -5,537%.
Com este custo, um trabalhador de Santa Cruz do Sul que recebeu o salário mínimo nacional (R$ 1.302,00) no início deste mês precisou trabalhar 99,952 horas para adquirir o conjunto de 13 produtos ou 1,90 hora a menos que o necessário no período anterior. A partir dos gastos com alimentação é possível estimar que o ordenado essencial para o atendimento das conveniências básicas do santa-cruzense e de sua família (dois adultos e duas crianças), seguindo a metodologia utilizada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), deveria ter sido de R$ 4.932,17.
A Cesta Básica Nacional relaciona um conjunto de alimentos que seria suficiente para o sustento e bem-estar de um trabalhador adulto ao longo de um mês, tomando como base o Decreto Lei 399, de 30 de abril de 1938, que regulamenta a Lei 185, de 14 de janeiro de 1936, a da instituição do salário mínimo no Brasil. O dispositivo legal estabelece que a remuneração devida ao empregado, sem distinção de sexo, por dia normal de serviço, deve ser capaz de satisfazer, em determinada época e região do país, às suas necessidades normais de alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte.