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A pleno vapor | Substituição de calçamento da Imigrante já chega a quase 50%

Espaço permanece sob interdição devido ao risco de desabamento de lajes de concreto danificadas

Obra para a revitalização do passeio central da Avenida do Imigrante foi orçada em cerca de R$ 1,4 milhão
Gregori Martins

O trabalho de recuperação do passeio central da Avenida do Imigrante segue avançando. A substituição das lajes de concreto está transcorrendo dentro do cronograma estabelecido e já atingiu quase 50% do total.

Na segunda-feira, 27, o percentual de placas novas instaladas era de 48% — 122 unidades. A obra está sendo executada pela Ditrevi Engenharia Ltda, selecionada de forma emergencial entre cinco empresas que apresentaram cotação para o serviço. A execução do projeto está orçada em R$ 1.479.802,79.

Ao mesmo tempo, está sendo aplicado uma camada de concreto sobre as placas instaladas – 63 placas já receberam a cobertura até o momento. A construtora realizou nova concretagem na quinta-feira, atingindo assim a totalidade das placas instaladas até o momento.

Finalizada esta etapa, todo o canteiro de obras que se estende das proximidades do shopping até as proximidades da padaria Miller será limpo e os tapumes serão removidos. Em seguida, ocorrerá a recolocação dos meios-fios nos pontos onde houve a remoção de floreiras.

Na sequência, os tapumes serão transferidos para a área seguinte, dando continuidade à instalação das placas novas. A empresa Ditrevi já fabricou 254 do total de 275 placas a serem utilizados na reforma da Imigrantge, o equivalente a 92% do total.

O projeto de recuperação foi elaborado pelo engenheiro da Secretaria de Obras e Infraestrutura Everton Henrique Ferreira. Foram projetados dois modelos de placas: uma com 2,60 metros de largura x 2 metros de comprimento, e a outra de 2,60 m x 1 m. As peças menores são uma solicitação da Prefeitura Municipal e serão instaladas a cada 100 metros, identificando as áreas de inspeção no canal da avenida. Todas as placas possuem 15 cm de espessura e, posteriormente à instalação, receberão uma camada de concreto de 6 cm.

O secretário de Obras e Infraestrutura, Edmar Hermany, destacou que está bastante satisfeito com a execução da obra. Conforme o secretário, os engenheiros da Prefeitura estão acompanhando o trabalho e a empresa está seguindo o projeto à risca. “Vamos concluir essa intervenção dentro do prazo previsto, com todas as melhorias que serão feitas no passeio: rampas de acessibilidade, iluminação pública e ajardinamento”, declarou.

A Prefeitura solicita à população que não utilize o passeio central da Avenida do Imigrante para evitar acidentes. O espaço permanece sob interdição devido ao risco de desabamento das lajes de concreto danificadas.

Nome homenageia primeiros imigrantes

A denominação da Avenida surgiu para homenagear os primeiros imigrantes que chegaram à Santa Cruz do Sul. Buscando as origens históricas, voltamos ao dia 17 de dezembro de 1849, quando, na cidade de Rio Pardo, aportaram 12 imigrantes destinados a Santa Cruz. Atravessaram o oceano a bordo da barca prussiana Bessel, viajando pelo rio Jacuí no barco Bela Francisca. Após dois dias em carretas de duas rodas, chegavam ao Faxinal de João Faria, onde foram transportados até o local dos seus lotes, na Picada do Abel. Ali se instalaram no berço da imigração, Linha Santa Cruz: Augusto Wuttke, sua esposa Francisca e os filhos Guilherme, Joana Maria, Lucas e Juliana; Frederico Tietze e sua irmã Carlota; Augusto Raffler; Gottlieb Pohl; Augusto Arnold e Augusto Mandler.

Comércio diversificado, caminhadas e esporte

Ana Souza
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A Avenida do Imigrante faz parte da história de Santa Cruz do Sul, que este ano completará 145 anos. Local para caminhadas, prática de esporte, comércio diversificado, ou simplesmente curtir uma mateada com os amigos e familiares. Os bares ao redor da Avenida do Imigrante se tornam um atrativo a mais para que todos possam aproveitar uma noite agradável. Enfim, não tem como lembrar do histórico de Santa Cruz do Sul sem falar da Avenida do Imigrante, que é um ponto de referência no município. O local se tornou um ícone dos encontros da comunidade em ocasiões de comemoração, como finais de campeonatos de futebol, por exemplo, e passagem obrigatória nos passeios de carro.

Foi no ano de 1990 que tudo iniciou, com a urbanização do local. Na época, a cidade tinha como prefeito Arno João Frantz e como secretário municipal de Serviços Essenciais, o engenheiro Astor Grüner. Foi por meio do trabalho nesta pasta que a área foi recuperada, canalizada e feita a cobertura do arroio que corta a avenida, assim como a instalação dos equipamentos e o paisagismo.

O projeto foi elaborado pelo arquiteto Ricardo Richter, que idealizou a cobertura do canal com espaços de lazer com bancos, floreiras e aparelhos de ginástica, intercalados ao longo da avenida. Nas laterais, um jardim com grama e uma grande variedade de árvores dos mais diversos tipos, sempre com o cuidado para que fossem com raízes que não viessem a interferir e causar problemas para o canal da sanga. A obra original foi executada pela Construtora Trevisan.