Débora Dumke – [email protected]
A importância do estudo é fundamental para um futuro brilhante e promissor, no entanto, é muito significativo estar atento a todas as coisas que estão acontecendo com os avanços digitais no mundo. É indispensável saber o que é verídico e o que é inverídico para assim não se espalharem as famosas fake news.
Em entrevista ao Riovale Jornal, a subcoordenadora dos cursos de Comunicação Social da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Patrícia Regina Schuster, falou um pouco sobre o assunto, que é vital se manter continuadamente estudando, e sobretudo quando se exerce alguma atividade acadêmica, seja como professor ou pesquisador.
“Em tempos digitais essa necessidade só cresce, na medida em que é fundamental que se problematize, se reflita, se avance para além da superfície de tudo que está neste imenso território chamado internet. Então, não há como pensar que todas as “receitas” estão prontas lá. Há muito conhecimento disponível nas redes, mas também muitas armadilhas.
Por isso, reitero: para cada pequeno ou grande avanço que se vê no mundo digital, há uma gama de pesquisadores debruçados atrás de respostas para o significado disso na vida das pessoas”, destacou Patrícia.
Os desafios em tempos de fake news e a agressividade da polarização política são gigantescos. “Penso que enquanto não desenvolvermos uma cultura de literacia midiática – em síntese, quer dizer um processo de alfabetização sobre as redes – desde a infância, seguiremos dando vazão e dilatando discursos de ódio, proliferando notícias falsas e agudizando ainda mais a polarização política. É necessário ainda que o Estado brasileiro – assim como fizeram outros países – regulamente algumas questões sobre a internet. Veja bem: não se trata de censura, como o lugar comum tenta vender, mas sim de uma parametrização mínima do que pode e do que não pode. É um absurdo, por exemplo, uma plataforma ganhar milhões e milhões propagando fake news sobre vacinas, para mencionar um caso”, informou.
A universidade é pesquisa, não existe universidade sem pesquisa. É ela, docentes e discentes comprometidos que garantem uma formação qualificada. Toda a dinâmica evolutiva de uma comunidade, especialmente, aquela comunidade onde uma determinada Universidade está inserida depende da produção científica posta em prática. Ou seja, só são abertos novos caminhos – seja na área social, política, econômica, ambiental e daí por diante – se há pesquisa que os amparem. “A Universidade de Santa Cruz do Sul está há décadas comprometida com isso. Se hoje nossa região e nosso município é modelo em várias questões, certamente, parte disso é fruto do trabalho que é feito por nós, professores e pesquisadores que aqui atuamos”, destacou a subcoordenadora.