Odilon S. Blank*
Na vida espiritual o Espírito vê a fugacidade dos gozos materiais e muitas vezes pede uma existência cheia de atribuições e dificuldades, para alcançarem o quanto antes uma posição melhor no plano espiritual, libertando-se das “faixas de baixa freqüência” para poder gozar da companhia de seres mais evoluídos, em sua longa caminhada rumo à perfeição.
Após elevar-se até certo grau, o Espírito já não tem que sofrer provas mas recebe deveres que lhe auxiliam no aperfeiçoamento, sendo o mais importante, o de auxiliar os outros a se aperfeiçoarem.
Poderá ocorrer que escolha uma prova acima de suas forças e fracassar ou buscar apenas uma vida ociosa e inútil, tendo que reencarnar para recuperar o tempo perdido.
As tendências ou vocações com que as pessoas nascem , refletem costumes vividos em outras vidas.
Existem mundos ainda bem mais atrasados, onde a brutalidade e o primitivismo se impõem como lei, onde impera somente a lei da força bruta e da violência.
Um espírito de raça civilizada poderá reencarnar entre selvagens, como provações por ter sido cruel para com seus semelhantes ou como missão para impulsioná-los para o progresso.
Existe uma hierarquia de poderes no plano espiritual e os Espíritos de grau superior por sua ascendência moral, tem autoridade irresistível sobre os menos evoluídos moralmente. O poder de que um homem gozou na Terra não serão levados em conta na espiritualidade, se não merecer consideração por suas obras.
Os orgulhosos sentem-se humilhados por não possuírem mais poder de serem lisonjeados pelos inferiores.
No mundo espiritual, os Espíritos se reúnem por afinidade, formando grupos ou famílias simpáticas entre si. Os bons, desejando fazer o bem e os maus para fazerem o mal e pela necessidade com que lhes assemelham.
(continua)
*Aposentado