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Espiritismo XXIX

Odilon S. Blank

O perispírito transmite durante a vida material as impressões exteriores, por uma espécie de “fluído nervoso” para o corpo e após a morte física o corpo nada sente, porque o perispírito já desligou-se dele.
O perispírito, desprendido do corpo, continua experimentando sensações , só que elas se tornam gerais por não terem mais um contato limitado. Como o perispírito é um simples “agente de transmissão” pois a consciência reside no Espírito, pode-se deduzir que o perispírito sem o Espírito, nada sente e fica como o corpo que morreu. Logo, o que realmente sente é o Espírito, sendo o perispírito simples agente condutor, da matéria para o espiritual.
Daí, podemos também deduzir que o Espírito, sem o perispírito, não sente as sensações dolorosas advindas do mundo material. É o que acontece com os espíritos puros, cujo perispírito torna-se sempre mais etéreo  à medida que se purificam, diminuindo sempre mais a influência do mundo e suas sensações, colhida do meio externo.
O Espírito puro é inacessível tanto à sensações agradáveis quanto às desagradáveis da vida material; ele tem sensações íntimas de felicidade das quais nem formamos idéia.
Verificamos que no Espírito há percepção, sensação, audição, visão e que estas faculdades são atributos de todo o ser e não como no homem, de apenas uma parte do ser. O modo como as tem, ignora-se, pois os próprios Espíritos nada nos informam sobre isso, por falta de termos próprios, Omo teríamos dificuldades em explicar para os selvagens idéias referentes às artes, ciências e doutrinas filosóficas.
Ao passarem de um planeta para o outro, os Espíritos mudam de envoltório (perispírito). Os mais elevados, quando vêem à Terra, revestem-se do perispírito terrestre. Os superiores podem fazer-se invisíveis aos inferiores, mas não aos que lhes são superiores.
Nos primeiros momentos após a morte corporal, a visão do Espírito é sempre turbada e confusa, mas aos poucos se aclara.
(continua)