Pr. Jair Hein
Estamos no mês da independência do Brasil, e muitas pessoas pagaram com vida o preço da nossa liberdade e democracia. Temos uma grande responsabilidade como cristãos de amar nosso próximo, e devemos abençoar nossa nação com o espírito de independência com um voto consciente nestas eleições.
A Bíblia diz: “quando o justo governa, o povo se alegra, mas quando o ímpio governa o povo geme” (Pv 29:2). A principal arma dos cidadãos é o voto. É através dele que o povo pode fazer valer a sua vontade e o seu legítimo poder. É pelo voto que cada cidadão participa dos destinos de sua nação. É pelo voto que ajuda a nação a mudar de rumo, que elimina os maus governantes, etc.
Se o povo sabe votar bem e escolher homens e mulheres honestos e capazes para dirigir a cidade, o estado e a nação, então, esse povo terá bons governantes, honestos e justos, que saberão priorizar bem os recursos públicos. No entanto, se o povo votar mal, escolher seus governantes por motivos escusos e egoístas, interesseiros, sem escolher bem os candidatos, então, terá certamente governantes que serão politiqueiros, e não políticos. Qual é a diferença entre uns e outros? O político verdadeiro é aquele que governa e dirige “para o bem comum”; priorizando certamente os mais necessitados e as medidas que beneficiem a todos de modo geral; decide em função do bem comum e não de seus interesses eleitoreiros ou corruptos. Infelizmente muitos “se servem da política” ao invés de servir ao povo; muitos fazem da oportunidade de exercer um cargo público uma maneira de se enriquecer, empregar os familiares mais próximos, etc. É por isso que o conceito dos políticos está em baixa; porém o povo também tem culpa nisso, pois é ele quem elege os maus políticos. Se o povo escolhesse melhor, com mais consciência e seriedade, conhecendo cada um, as coisas serão diferentes.
Quantas obras importantes e urgentes não são feitas, simplesmente porque “não dão votos”. Mas, a politicagem um dia aparece clara aos olhos do povo. Disse alguém que é possível enganar a muitos durante pouco tempo, ou a poucos durante muito tempo, mas que é impossível enganar a todos o tempo todo.
Para o cristão, a política tem uma importância enorme, tanto para aquele que é simples eleitor, como para aquele que é candidato a algum cargo. O eleitor cristão precisa ter em mente que quando ele vota está exercendo um certo poder, e Jesus disse que todo poder vem do alto e é dado por Deus.
É pecado “vender” o seu voto ou votar mal; isto é, dar o seu voto a alguém que não merece, que se sabe não ser competente e nem honesto. O cristão não pode votar com “segundas intenções”, só porque aquele candidato vai lhe ajudar depois de eleito, com um emprego, facilidades outras, etc. O cristão deve votar com a consciência, escolhendo entre todos os candidatos o melhor, independente de interesses, sentimentalismos ou grau de parentesco ou amizade. Também disso vamos prestar contas a Deus um dia. Seu exercício de cidadania constrói uma sociedade mais justa.
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