Adversários no segundo turno da eleição ao governo estadual se encontraram na quarta-feira
Faltam apenas nove dias para o segundo turno das eleições. No momento em que os gaúchos avaliam propostas, trajetórias e o que cada um dos candidatos ao governo do Estado pode oferecer, a Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande Sul (Federasul) abriu as portas do Tá na Mesa na quarta-feira, 19, para receber Eduardo Leite (PSDB) e Onyx Lorenzoni (PL). Eles participaram de um debate dividido em seis blocos, com perguntas da entidade, questionamentos entre eles sobre temas livres e assuntos selecionados por sorteio, além das considerações iniciais e finais.
Ao receber os candidatos, o presidente da Federasul, Anderson Trautman Cardoso, disse que é um momento importante em que a entidade reforça seu papel de casa dos grandes debates acerca do desenvolvimento do Rio Grande do Sul. “A Federasul estará ao lado daquele que for eleito em pautas que contribuam para a livre iniciativa, a economia de mercado, o respeito às liberdades individuais, o estímulo ao empreendedorismo, o incentivo à educação e à formação de novas lideranças, entre diversos outros valores tão reforçados ao longo de nossos 95 anos de história”, adiantou Cardoso.
A Federação, garantiu o presidente, estará ao lado de quem tem compromisso com a desburocratização e a redução da máquina pública e da carga tributária. “Contribuiremos com quem defende um Estado e um país eficiente e que custe pouco ao cidadão, e valoriza o principal motor de uma nação, o setor produtivo, que gera emprego, renda e desenvolvimento econômico e social”, justificou.
Ao responderem perguntas formuladas pela entidade sobre ações para manter o equilíbrio financeiro do Estado, os candidatos asseguraram que não pretendem aumentar impostos. Onyx Lorenzoni, primeiro a responder pelo sorteio, disse, inclusive, que vai reduzir e simplificar a carga tributária, pois entende que ela inibe o desenvolvimento. “O empreendedor precisa desse apoio. Minhas propostas vão devolver o protagonismo que o Rio Grande sempre deveria ter. Assim a economia vai voltar a crescer”, garantiu.
O candidato do PL apontou avanços alcançados em decorrência de ações do governo federal, do qual fez parte na atual gestão, como crescimento do PIB, queda da inflação e crescimento do número de empregos formais. Caso eleito, Onyx prometeu promover mudanças no centro de administração. “A Casa Civil, por exemplo, deixará de ter função política, passando a realizar um acompanhamento das realizações planejadas, usando métricas de desempenho e realizações”, explicou. Lembrou que é sua a ideia de não iniciar novas obras sem que as já existentes sejam concluídas.
Eduardo Leite enfatizou que será preciso dar continuidade às reformas de maneira responsável, a fim de reduzir as dívidas do Estado. “Vamos continuar trabalhando para reduzir a carga tributária. Com diálogo, teremos condições de enfrentar estas questões que estão diretamente ligadas ao tamanho do Estado. Assim, avançaremos para colocar o Rio Grande em ordem e promover os investimentos necessários”, argumentou.
O tucano reiterou que o Rio Grande do Sul não pode retroceder e precisa seguir avançando e evoluindo. Acrescentou que as medidas implantadas em seu governo melhoraram a performance do Estado, de tal forma que o comprometimento da receita líquida com a folha de pagamento caiu de 80% para 58% em dezembro de 2021. Garantiu que, em um possível segundo mandato, “vai colocar o pé no acelerador”. “Com o fim da pandemia e sem credor batendo na porta, teremos condições de promover a qualificação do capital humano, combater a pobreza, fortalecer a promoção social para o crescimento da economia, apoiar o agronegócio e incentivar a inovação. Tudo isso sem comprometer a saúde financeira do Estado”, planejou Leite.
