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Indústria do agro é tema de debate

Dirceu Bayer, presidente da Languiru, foi o painelista da edição de outubro do tradicional evento organizado pela ACI

Rodrigo Assmann
Evento reuniu empresários de Santa Cruz e região no restaurante do Águas Claras, ontem

Luisa Ziemann
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Indústria e agronegócio foram os temas da edição de outubro do Tá na Hora, bate-papo promovido mensalmente pela Associação Comercial e Industrial (ACI) de Santa Cruz do Sul. Realizado ontem, ao meio-dia, no restaurante do Hotel Águas Claras, o tradicional evento empresarial debateu “A importância da indústria de transformação no agronegócio brasileiro” e contou com presidente da Cooperativa Languiru, Dirceu Bayer. O debate teve a moderação do vice-presidente de Agronegócio da ACI, Marco Dornelles.


Natural de Teutônia, Bayer é engenheiro agrônomo e desde 1986 integra o Conselho de Administração da Cooperativa Languiru. Na época, ocupou o cargo de conselheiro efetivo e, na sequência, a vice-presidência, por sucessivas gestões. Em 2002, assumiu a presidência da cooperativa, que é considerada a maior empresa do Vale do Taquari. Sua trajetória de liderança à frente da Languiru conduziram a indústria a uma posição de referência no ramo agropecuário do cooperativismo gaúcho.


Além de mentor de uma série de ações responsáveis pelo crescimento da empresa e validação da mesma no Estado, Bayer é autor dos livros “Caminhos da Recuperação da Cooperativa Languiru”, editado em 2014; e “Cooperativa Languiru: Da Reestruturação à Consolidação – A Estratégia de Crescimento e diversificação, após a reestruturação a partir de 2002”, editado em 2020.


O painelista lembra que quando assumiu a presidência da cooperativa, em 2002, a empresa teve que passar por uma remodelação em sua estrutura. “Passamos por um momento de muito sofrimento. Felizmente as medidas estratégicas que foram usadas na época deram certo”, salienta o presidente. “A partir de 2005, três anos após, nós já recebíamos crédito dos agentes financeiros e a partir disso vimos a Languiru voltar a crescer. Nos últimos anos na proporção de 20% a 25% ao ano. Independente da crise ou não, nós sempre conseguimos crescer.”


O painel da ACI abordou também a falta de atenção dos governos para as indústrias do agro. “Nós somos uma parte muito isolada. Nós geramos empregos, nós geramos impostos, nós geramos renda e não somos reconhecidos. Quando se fala em agronegócio se fala das commodities – milho, grãos, etc. Ninguém fala da indústria de transformação”, lamenta o presidente da Languiru. O Tá Hora conta com o patrocínio da JTI, BRDE, Philip Morris Brasil, UNISC, BAT Brasil, Safe Investimentos – XP, Universal Leaf e Gazeta Grupo de Comunicações.

NOVAS INSTALAÇÕES
EM RIO PARDO

A empresa, que é referência no setor do agronegócio e da indústria de transformação, atua com uma forte presença no desenvolvimento das comunidades onde está inserida. Fundada em novembro de 1955, a cooperativa surgiu através da união de pequenos agricultores e atualmente é a maior empresa do Vale do Taquari, além de estar entre as maiores cooperativas de produção do Estado e do Sul do Brasil. Com produtos e serviços de alto valor agregado, atua nos segmentos de aves, suínos, bovinos de leite e de corte, rações, varejo de supermercados e Agrocenter (insumos, máquinas e utilidades), farmácias e postos de combustível.


Prestes a se instalar também no município de Rio Pardo, Bayer adiantou que um dos prédios que abrigará a empresa está sendo reformulado e que a inauguração deve acontecer no início de novembro. Serão duas diferentes unidades da empresa no município vizinho. O investimento nas duas áreas chegará a R$ 12 milhões e deve gerar ao menos 17 empregos diretos. Ao todo, a cooperativa conta com 5,8 mil associados e 3,3 mil empregados. Cerca de 50 mil pessoas têm seu sustento ligado à Languiru, direta ou indiretamente.