Início Religião Religião, pra quê?

Religião, pra quê?

Para que serve a religião e para que servem as denominações religiosas? Qual seria uma boa religião ou denominação?
Pelo mundo afora existem varias grandes Religiões (Cristianismo, Budismo, Islamismo) e muitas denominações religiosas (Instituições). A religião nos re-liga a Deus e liga Deus conosco. .
Mas, como isto pode se refletir concretamente em nossa vida aí na correria do dia a dia? Penso que uma boa resposta poderia ser: a religião deveria nos ajudar a viver bem. Sim, porque, uma religião que não nos faz bem e não nos torna mais amáveis e acolhedores, mais gratos e menos azedos, não nos serve pra muita coisa. 
Boa religião traz luz para a vida e mudança de atitude. Certa vez, alguém que observava o cristianismo disse: “aí eu não quero entrar, pois os cristãos me parecem muito sérios e tristes. Estão sempre encrencando”.  É certo que a afirmação nos faz pensar. Será que nossa maneira de viver desestimula as pessoas a aceitarem a fé cristã? Nossa fé nos torna melhores? È ainda pior quando diferentes denominações cristãs ficam se digladiando em ódio. Como é o caso na Irlanda até os dias de hoje.
Cristo, a quem seguimos, diz: “Façam aos outros o que quereis que os outros vos façam” (Mt 7.12). Tão simples, tão prático, tão objetivo e transformador!! Lidar com os outros na rua, escola, comércio e na indústria da mesma forma como gostamos que os outros lidem conosco. Tratar os de casa e as outras pessoas com amor e cuidado. Tratar o patrão, os empregados, os da direita e da esquerda com respeito e consideração.
O Apostolo Paulo, que antes de sua conversão perseguiu os cristãos, afirma: “Examine todas as coisas e retenha o melhor” (1ª Ts 5.21). É sábio escolher as melhores coisas. As coisas que não são boas é melhor não absorver. Mesmo na lida com nosso semelhante sempre haverá o que criticar. Mas, é sábio, valorizar os aspectos positivos. Epíteto afirmou certa vez: “Se você não pode falar bem de uma pessoa, é melhor não dizer nada”.
Martim Lutero que viveu entre na Alemanha entre 1483 e 1546 e que deu origem ao movimento das Igrejas Luteranas, disse: “Seja você mesmo um Cristo para o outro”. Sabemos que Cristo tratou a todos com amor e esteve disposto a dar sua vida pelos outros. Nossa vida deve espelhar-se neste amor de Cristo. Imagine como seria bela nossa convivência se tratássemos os outros da mesma maneira que queremos ser tratados! Desta disposição de ter o amor como estilo de vida faz parte também a maneira de como nos relacionamos com as outras religiões e denominações.
Mahatma Gandhi (1869-1948), líder pacifista indiano e defensor na não violência, assim se manifestou: “Precisamos ser a mudança que queremos ver neste mundo”. Se queremos um mundo de amor, respeito, bondade e solidariedade precisamos fazer nossa parte! Colheremos o que semearmos.
Martim Luther King (1929- 1968), pastor e defensor dos direitos dos negros viveu nos Estados Unidos e disse certa vez: “Quem aceita o mal sem protestar, coopera realmente com ele”. Neutralidade não existe. Neutralidade é omissão.
Podemos até discordar das escolhas das outras pessoas, mas nos cabe respeitá-las.  Neste contexto lembro que as Igrejas IECLB, IELB e Igreja Católica celebram juntas neste mês de maio a Semana de Oração Pela Unidade dos Cristãos. Temos diferenças, mas as respeitamos, pois o mesmo é o Senhor e a mesma é a nossa fé no mesmo Senhor: Cristo Jesus.
Volto a pergunta inicial: boa religião é aquela na qual nos sentimos tão bem a ponto de aceitarmos que os outros sejam e pensem diferente de nós. Uma boa religião é aquela na qual nos sentimos bem. Onde percebemos que a espiritualidade nos traz serenidade, afasta o medo e anima a viver com alegria e dignidade, mesmo em meio às adversidades que podem tornar difícil a nossa existência.
Uma observação final: Lutero teve que se esconder para salvar a sua vida. Cristo, Gandhi e Martim Luther King foram mortos. O amor incomoda.

Avisos:
05.05- Culto Bom Pastor- 18.30 h
06.05- Cultos
-Rincão Del Rey 9 h
-Rio Pardo 9 h
-Gustavo Adolfo 9.15 h S. Ceia.
-Centro 9.30 h
10.05- 8º Seminário paroquial da OASE