2ª Co 4.16-18; Mc 11.20-26
P. Rosemar Ahlert
Caros leitores (as): “POR ISSO NUNCA FICAMOS DESANIMADOS”! Estas palavras o apóstolo Paulo escreve na 2ª Carta aos Coríntios 4.16. Eu pergunto: será que nós poderemos dizer estas palavras com a mesma serenidade e firmeza? Neste país de contas fantasmas, corrupções, arrastões, chacinas? Neste contexto de tragédias pelo uso de drogas (dentre elas o álcool), pela violência intrafamiliar, crimes passionais, abandono e problemas psicossociais? É preciso ter muita coragem para afirmar: “nunca desanimamos”. O cinismo, a insegurança e a brutalidade estão em alta. Um círculo vicioso de sofrimento e desrespeito à vida.
Quem, nestas circunstâncias, se arriscaria a falar de ânimo sem colocar sua credibilidade a perder? É verdade, também, que há sinais de esperança. Tais como a aprovação da ficha limpa, a luta contra a mistura de álcool e direção e a prisão de corruptos e corruptores. Mencione-se ainda os avanços da medicina. Há um raio de esperança iluminando o horizonte. Ainda assim, sob o ponto de vista puramente humano, é difícil afirmar que “nunca desanimamos”.
Como indivíduos, como comunidade cristã e como sociedade, necessitamos de impulsos externos para alimentar a esperança. Não é fácil de aguentar a ininterrupta sequência de golpes, fracassos e frustrações. Precisamos de perspectivas concretas e da visualização de saídas. Pois, caso contrário, nossas dores individuais ou coletivas se tornarão pesadas demais. Precisamos de evidências de que o trabalho faz sentido. Que os bons valores éticos como respeito e honestidade ainda valem. Especialmente sob o ponto de vista individual as pequenas esperanças do dia a dia são vitais. Sem a esperança de superaração das mazelas é difícil viver.
Poder-se-ia perguntar: será que as circunstâncias do apóstolo Paulo eram mais favoráveis do que as nossas para que pudesse afirmar tamanha confiança? Na verdade, não! Ele não se encontrava em situação vantajosa. Basta ler suas cartas (Rm, 1ª e 2ª Co, Fp, Cl, Ef, Gl 1ª e 2ª Ts) para verificar que não tinha vida fácil. Por pregar o Evangelho, conheceu várias prisões por dentro. Foi perseguido, recebeu chicoteadas, passou fome, frio e esteve em naufrágios. Sofria de uma doença que lhe causava sofrimento e foi difamado até mesmo pelos seus irmãos na fé. Mesmo em meio á tantas adversidades ele diz nunca desanimar. Ele não necessitou de drogas para se refugiar num mundo imaginário. O que o sustenta é sua fé em Deus e o seu amor ao Evangelho. O que lhe dá vigor e perseverança em meio a todos estes percalços, é o Deus de amor e misericórdia. Lamente-se que nos dias de hoje muitas pessoas necessitem de drogas legais ou não para poderem subsistir. São muitas as “novas” mazelas, especialmente, no aspecto psicoemocional.
De modo que, caros leitores e leitoras, se olharmos somente para baixa (nossas circunstâncias) ou somente para dentro (nossos dores) corremos o risco de desanimar. E, viver desanimado, é viver mal. Mas, se olhamos para o alto (para Deus e suas preciosas promessas) sempre haverá razões para viver e persistir. Fundamental neste tempo de privações e adversidades é a fé em Deus e um bom, saudável e confiável convívio em família. Pense um pouco sobre isso.
Cultos: Sexta (23.3) Pantano Grande 19.30 SC
Sábado (24.3) Ap. Paulo 18.30 h
Domingo(25.3) Martim Luther- 9 h; Ap. Pedro, 9 h C/ Assembleia e Almoço; Centro, 9.30 h.
Sábado e domingo: Retiro de Lideranças das Comunidades Gustavo Adolfo, João Alves e Pinheiral, em Sinimbu. Na próxima quinta, culto com bênção para enfermos, na Gustavo Adolfo, 14.30 h