As exportações de tabaco devem fechar 2022 com volume aproximado ao dos embarques de 2021, quando saíram dos portos brasileiros 464.429 toneladas. A conclusão é da consultoria Deloitte, que faz as projeções anuais com base em acompanhamento dos dados do comércio exterior de produtos de tabaco. Segundo os especialistas, até o final do ano deverão ser embarcados volumes que ficam entre mais 2% e menos 2% em relação ao ano passado.
Porém, quando a pauta é valores em dólares, as previsões da Deloitte apresentadas ao SindiTabaco em agosto são de que o ano deve fechar com aumento entre 6% e 10% sobre os números de 2021, quando a geração de divisas foi de US$ 1,464 bilhão. A projeção mais recente apontada pela pesquisa da consultoria mantém a mesma tendência que havia sido apresentada no relatório de março deste ano.
“Avaliamos que a pesquisa apresenta resultados conservadores, que consideram os problemas logísticos que o mundo todo tem enfrentado. Com base nos números que temos disponíveis até agosto, nossa expectativa é de superarmos a projeção apresentada na pesquisa, tanto em volume quanto em dólares”, avalia o presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Iro Schünke. “Confirmados esses resultados, chegamos à marca de 30 anos na liderança mundial de exportação de tabaco, um feito importante não só para a cadeia produtiva que gera renda e empregos, mas também para o Brasil”, destaca o executivo.
NÚMEROS CONSOLIDADOS
Até o final de agosto haviam sido embarcadas 349.381 toneladas de tabaco brasileiro, volume 14,88% superior ao período de janeiro a agosto de 2021. Em divisas, os valores do produto vendido nos oito primeiros meses do ano foram de US$ 1,358 bilhão, sendo 44,65% superior ao mesmo período do ano passado. Os dados são do Ministério da Economia, publicados no Sistema ComexStat.
Já em relação à Região Sul, onde se concentra a quase totalidade da produção e beneficiamento do tabaco nacional, foram exportadas 344.782 toneladas de janeiro a agosto deste ano, volume 14,62% maior do que o mesmo período do ano anterior. E as divisas geradas até agosto com tabaco embarcado nos portos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná somam US$ 1,313 bilhão, sendo 44,93% superiores aos oito primeiros meses do ano passado.
Destaques
• Até agosto de 2022, os maiores importadores foram: Bélgica (US$ 360 milhões), China (US$ 248 milhões), Estados Unidos (US$ 103 milhões) e Indonésia (US$ 70 milhões)
• O tabaco representa, até o momento, 0,61% do total exportado pelo Brasil. Também representa 8,11% das exportações do Rio Grande do Sul (Estado que mais produz e exporta o produto) e 3,55% das da Região Sul
• Até final de agosto, o tabaco representou 2,99% na balança comercial brasileira e 23,92% na gaúcha