Luísa Ziemann
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Um dos profissionais mais adorados em um restaurante, bar ou evento com certeza é o garçom. Ele é peça fundamental, assim como quem trabalha na cozinha, por tornar um lugar bem requisitado, famoso e com qualidade. Essa figura, responsável pelo bom atendimento e agilidade no serviço de tantos estabelecimentos, é tão importante que merece um dia para ser celebrado: 11 de agosto. Portanto, amanhã é o Dia do Garçom. E também da Garçonete.
Garçom é uma palavra de origem francesa (garçon) que significa “rapaz” ou “garoto”. No Brasil, a palavra foi associada à profissão devido ao fato de se ouvir os franceses chamando de “garçon” os rapazes que atendiam em restaurantes. Hoje em dia, os profissionais responsáveis por esse atendimento ao cliente não são mais somente rapazes. Homens e mulheres de todas as idades ganham a vida servindo em restaurantes, lanchonetes, bares, casas noturnas, festas e empresas. Muitas vezes com atendimento personalizado, os garçons acabam até mesmo se transformando em personagens icônicos da história de um estabelecimento.
É o caso de Luiz Guerreiro, garçom há 30 anos. Figurinha conhecida nos eventos da região, o santa-cruzense de 60 anos se dedica a esse trabalho desde 1992. A ligação com o trabalho é tão forte que se transformou em um caso de amor. “Eu comecei por acaso, por necessidade, mas logo me encantei pela profissão. Comecei a fazer parte da vida de muita gente, de momentos importantes de pessoas e empresas”, recorda. “Para dizer a verdade, acho que ser garçom está impresso em mim, pois até mesmo quando não estou trabalhando as pessoas se dirigem a mim.”
Proprietário da empresa Supremo Garçons, hoje Guerreiro conta com uma equipe de cerca de 15 funcionários, entre homens e mulheres, treinada por ele. “Atendemos todos os tipos de eventos, como formaturas, casamentos, festas 15 anos e empresariais”, explica. Além de oferecer o serviço de atendimento, há cinco anos também realiza treinamentos para equipes já formadas em restaurantes e bares. “O principal diferencial de um garçom ou uma garçonete é gostar do que faz, ter iniciativa e muita paciência. Além de, claro, ser imparcial em qualquer assunto”, ensina Guerreiro.
LUGAR DE MULHER
Prova de que o espaço para essa profissão não é mais somente masculino é o crescimento do número de garçonetes. Eduarda Thaís Rusch, de 22 anos, é uma delas. A santa-cruzense trabalha há cerca de um ano com o atendimento ao público na Haus Som e Bar e também na casa noturna Spirit. “Iniciei com o intuito de ter uma renda extra além da que já tinha com o meu trabalho fixo. Pelo fato de sempre ser muito comunicativa sabia que não seria problema me adaptar nessa profissão”, comenta.
A facilidade em se comunicar, inclusive, é uma das coisas que mais atrai Eduarda em sua profissão. “Gosto da possibilidade de conhecer pessoas novas, criar boa convivência, até mesmo novas amizades seja com os colegas ou com os clientes”, salienta a garçonete, que trabalha nas noites de quarta, quinta e sábado na Haus e nas de sexta-feira na Spirit. “É uma profissão que exige muita dedicação, cuidado e paciência, até porque se está trabalhando com pessoas em um momento que elas tiram para aproveitar, se desligar de seus serviços. Quanto mais amiga do cliente e compreensiva eu for, mais fácil e leve vai ser de conduzir o trabalho”, observa.