A terça-feira, 9, marcou o Dia Internacional dos Povos Indígenas. A data celebrativa foi instituída em 1995 pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o intuito de valorizar as culturas e etnias indígenas e refletir sobre a necessidade de diálogo no combate aos preconceitos e racismos contra os povos originários. A Mercur, há 12 anos, desenvolve o projeto Borracha Nativa, a fim de contribuir para a preservação da cultura e a consolidação das reservas extrativistas e terras dos índios brasileiros, por meio da reconstrução da cadeia sustentável do produto e da promoção das condições para manter a floresta em pé.
Dessa forma, a empresa estabelece diálogos e trocas que possibilitam diversos aprendizados com os guardiões das florestas. Busca assim, interferir o mínimo possível nas comunidades, nas suas formas de vida e conservação. “São tomados diversos cuidados para que o contato conosco não interfira na cultura local”, explica o pesquisador da Mercur, Mateus Szarblewski.
Nessa caminhada, os extrativistas já ensinaram muito à empresa e aos colaboradores. Relacionar-se e aprofundar conhecimentos sobre a sabedoria dos povos originários tem sido uma oportunidade para a organização ampliar a sua capacidade de escuta. “Muitas vezes ficamos por horas ouvindo os extrativistas falarem, na linguagem deles, sobre a química, física e biologia da floresta”, comenta Mateus. “Percebemos elementos que remontam a seus antepassados, transmitidos por gerações, pela observação ativa e diálogos, o que constrói a sabedoria desses povos. Essa sabedoria se encontra de forma prática nos ritos e costumes, no conhecimento dos ciclos naturais, na culinária, nos estilos de construção e em muitas outras formas”, ressalta.
Por meio de parcerias com organizações não governamentais (ONGs) e comunidades indígenas e ribeirinhas, a Mercur compra borracha natural produzida em quatro territórios: nas reservas extrativistas Rio Xingu, Riozinho do Anfrísio e Rio Iriri e na Terra Indígena Xipaya. Em 12 anos de projeto, a empresa já comprou mais de 22 toneladas de látex e auxiliou extrativistas, comunidades indígenas e agricultores familiares a melhorarem seus processos produtivos e desenvolverem novos produtos. Dessa forma, propicia a geração de renda nas localidades por meio da extração da matéria prima em quantidades possíveis para a floresta e aos extrativistas, que também trabalham com outras culturas agrícolas ao longo do ano.
Essa conexão de trabalho promove interações comerciais solidárias e justas com transparência que geram impactos ambientais e sociais positivos, os quais podem ser acompanhadas na Rede Origens Brasil. “Quando compramos um quilo de borracha de regiões extrativistas, estamos comprando muito mais que borracha. Pagamos por um serviço ambiental de conservação das florestas e biodiversidade prestado por esses povos tradicionais. Esse pagamento é referente à toda humanidade, uma vez que esses serviços ambientais beneficiam o planeta como um todo”, afirma Jorge Hoelzel Neto, facilitador da Mercur.
Para conhecer mais sobre o projeto Borracha Nativa acesse mercur.com.br/sobre-a-mercur/borracha-nativa. Na Rede Origens Brasil é possível encontrar outras informações em www.origensbrasil.org.br.