Início Especiais Por que é preciso falar de outras economias possíveis nesta data?

Por que é preciso falar de outras economias possíveis nesta data?

BTN representa o posicionamento da empresa quanto
aos impactos humano, social e ambiental da produção

A Organização das Nações Unidas (ONU) aponta que quatro indicadores da mudança climática – concentrações de gases de efeito estufa, elevação do nível do mar, aquecimento e acidificação oceânica – bateram recordes em 2021, mostrando que a humanidade caminha em direção a uma catástrofe em função do sistema energético. Além disso, o modelo econômico atual é baseado na extração, produção e descarte, conhecido como economia linear, gerando mais de 2 milhões de toneladas de resíduos a cada ano. Diante de um cenário com tantos impactos ambientais, poluição contínua, mudança climática e aquecimento global, é necessária uma ruptura deste ciclo para adotar uma postura que preserve o meio ambiente.


Junho é marcado pelo Dia Mundial do Meio Ambiente e ganha relevância diante de um cenário com tantos problemas ambientais, no qual as pessoas e organizações precisam refletir sobre os valores e práticas cotidianas. “Conservação do meio ambiente e desenvolvimento econômico podem andar juntos sim, desde que a gente compreenda de qual desenvolvimento econômico estamos falando. Ele precisa sempre levar em consideração todo o movimento socioambiental que existe no País inteiro, não só na Amazônia”, frisa Jorge Hoelzel Neto, facilitador da Mercur.


A indústria santa-cruzense das áreas da saúde e educação tem adotado um modelo de negócios com soluções que impulsionam o potencial humano e regeneram o planeta. Nesse sentido, a empresa tem, a partir da cocriação, desenvolvido produtos e serviços que buscam minimizar o impacto humano no meio ambiente, como é a bolsa térmica natural (BTN). São duas as principais matérias-primas utilizadas neste processo: o caroço de açaí da palmeira juçara e o algodão reciclado e reciclável.


O caroço é cultivado através do manejo agroecológico. O insumo representa aproximadamente 70% do fruto, descartado após a despolpa. Agora, corresponde a mais uma fonte de renda para as famílias de produtores, que auxiliam na preservação dos biomas em que estão inseridos. O processo realizado entre os produtores e a Mercur priorizam o menor impacto ambiental possível, cultivam relações de produção sem exploração humana ou animal e são pautados pelo comércio justo e solidário.


O algodão é reciclado a partir de aparas de resíduos têxteis diversos, inclusive as sobras dos processos fabris de outros produtos da Mercur. Por se tratar de um tecido reciclado, é possível reduzir os impactos ambientais negativos gerados pela produção de algodão convencional e pelo descarte inadequado de materiais.


Esse modo de produzir em diálogo com pessoas, organizações e culturas possibilita outras economias, como a circular e a solidária. A circular ao transformar os resíduos em insumos e novas matérias-primas, de forma restaurativa e regenerativa ao planeta. A solidária na construção de outros modos de negociar de forma justa e relacionar-se com os produtores agroecológicos, tendo foco na vida sustentável e numa relação de consumo e produção consciente e socioambiental.


A bolsa térmica natural materializa o posicionamento da empresa ao viabilizar o consumo responsável e com o menor impacto negativo humano, social e ambiental possível. Todos esses fatores demonstram que falar em desenvolvimento econômico amparado em pilares como a responsabilidade social e ambiental pode fazer parte dos processos das organizações não só no mês do meio ambiente, mas em todos os processos cotidianos.