Ana Souza
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O Dia das Mães é uma comemoração universal, ainda que seja celebrada mundialmente em diferentes datas. Historiadores falam que o primeiro festejo no Brasil aconteceu em 12 de maio de 1918, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Em 1932, o presidente Getúlio Vargas decretou que a data alusiva seria comemorada sempre no segundo domingo de maio.
A delegada Raquel Schneider, titular da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento de Santa Cruz do Sul e coordenadora do Núcleo de Mediação da 16ª Região de Polícia, é mais um dos exemplos de mãe dedicada, pois divide com o esposo Gustavo Schneider o amor pelos filhos adotivos. “Adotar é uma gestação desejada, porém não pode ser programada, porque depois de habilitado você não sabe o dia em que a criança chegará. Estar habilitado numa fila de adoção significa estar ‘permanentemente grávidos’, porque pode demorar meses, anos. E um dia o casal vai dormir sem filhos e acordará no outro dia com filhos”, explica.
“Nós não tínhamos filhos. Ou melhor, tínhamos bebês pets, que eram nossas crianças. Tentamos ter filhos biológicos. Mesmo na fila, ainda insistimos com a ajuda da medicina, mas não obtivemos êxito. Adotamos através da busca ativa, que acontece principalmente em caso de grupos de irmãos ou crianças maiores. Nossos filhos foram nosso presente de Natal de 2020, depois de cinco anos do início da habilitação, que foi em dezembro de 2015. Em meio a uma pandemia, eles chegaram pra completar nossa família”, recorda Raquel, emocionada.
O menino estava com 12 anos e a menina tinha um ano e dez meses. “Eles não nasceram de nós, mas nasceram para nós. Na adoção, é necessário um tempo para a criação de vínculo e isso não acontece da noite para o dia. Assim como os filhos biológicos, pois neste caso também há necessidade de adaptação da família àquele novo ser que passou a integrá-la. Não posso dizer que é fácil, que tudo são flores, mas é muito gratificante”, garante Raquel.
A data dedicada às mães é um dia para agradecer pelo carinho de todas elas, por todo amor que dão aos seus filhos. “É a data em que devemos festejar a mulher que é profissional, é dona de casa, é mãe, é multifunções. O Dia das Mães poderia ser todos os dias, mas termos uma data marcada torna mais especial, é dia de agradecer àquelas que têm um amor inexplicável, verdadeiro e único, que vai além da vida”, destaca a delegada.
Raquel procura transmitir aos filhos os valores e conhecimentos que foram repassados a ela em todas as fases do seu amadurecimento. “Eu não tenho mais a minha mãe aqui, mas hoje posso vivenciar e aplicar os ensinamentos e exemplos que ela deixou. Muitos foram os momentos marcantes depois que adotamos. Ser chamada de mãe, vivenciar o amor mais puro e verdadeiro nos olhos da tua criança, poder curtir o primeiro Dia das Mães em 2021. A vida depois dos filhos nunca mais é a mesma. Todas as descobertas, as conquistas. Educar é uma missão maravilhosa, mas muito desafiadora, que demanda dedicação e amor, que não tem uma receita única”, enfatiza.
A mãe Raquel deixa uma mensagem para todas as mamães neste dia especial: “Não importa se é mãe biológica, adotiva ou mãe de pet. Mãe é mãe. Aproveite seu dia, curta seus filhos, sua família. Honre sua mãe, mesmo que ela não esteja mais presente, pois ela te ensinou a ser a mãe/mulher que você é hoje”.