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“Os quadros que falam” estão na Casa das Artes

Fotos: Ana Souza
Telas que estão expostas também podem ser adquiridas no local

Ana Souza
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As belas obras do artista Flávio Scholles decoram as paredes da Casa das Artes Regina Simonis, no centro de Santa Cruz do Sul. A exposição “Os quadros que falam” foi aberta nessa sexta-feira, 8, os visitantes poderão conferir o acervo até o dia 5 de maio. A visitação pode ser feita de segunda a sexta-feira, das 10 horas às 17h30, e aos sábados, das 10 às 14 horas, e a entrada é franca.
A mostra possui 31 obras com a temática do cotidiano, principalmente relatos da imigração alemã. O artista, de 72 anos de idade, natural de Morro Reuter, no Rio Grande do Sul, cursou Artes na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, e na Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Ele utiliza a técnica óleo sobre tela e expõe pela primeira vez em Santa Cruz do Sul. Todos os quadros estão à venda com valores acessíveis.


“Estamos na pré-história do homem do universo. Assim, o meu trabalho é uma literatura de cordel, com temática sobre o Vale do Rio dos Sinos, fazendo uma referência no planeta Terra, desde 1976, através de uma instalação com milhares de quadros espalhados nas paredes das cavernas contemporâneas (casas de apartamentos), numa tentativa de enfeitar a nossa aldeia global e emitir os primeiros sinais para uma comunicação no universo através dos quadros que falam”, explica Flávio em uma publicação na entrada do antigo cofre instalado na Casa das Artes.

A obra “Mulher Mexível” é uma das criações de Flávio Scholles


Ele revela que a sua inspiração segue todas as tendências de arte desde 1825, o ano seguinte ao da chegada dos imigrantes europeus no Vale dos Sinos e no qual houve a invenção da fotografia. “Acabo criando os quadros que falam, que contêm os primeiros sinais para uma nova comunicação no universo, por causa do novo na arte e cultura: o mítico dos índios. Nas situações de colônia, meu estilo é expressionista; nos do êxodo, picassiano, por causa da influência do místico negro; nas de cidade, com a vinda dos americanos, a optical art”, define o artista.