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Forças ativas da sociedades se unem no Pacto Santa Cruz pela Paz

Foto: Isadora Oliveira Pereira
Registro da capacitação de educadores da rede municipal,
com o mascote do Pacto – Bento, o atento

Ana Souza
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Mundialmente, os índices de violência e criminalidade estão aumentando e nas mais diversas formas. Visando reduzir os patamares em Santa Cruz do Sul é que um grande passo vai ser dado hoje com o lançamento, pela Prefeitura, do Programa de Prevenção à Violência Pacto Santa Cruz pela Paz. A cerimônia no Auditório Central da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) às 19 horas é aberta ao público e vai reunir autoridades estaduais e municipais, e representantes de diversos segmentos públicos e privados.


A integração de todas as forças vivas da sociedade mostra que é possível reduzir os números da violência e promover a cultura pela paz. E por onde começa este trabalho? Por meio das crianças e adolescentes, que levam o aprendizado e são disseminadores de tudo que aprendem. Promover a paz em casa é o primeiro passo para que a ação se torne concreta. O Pacto Santa Cruz pela Paz tem foco nas crianças, adolescentes e suas famílias. O município desempenha um papel fundamental neste contexto, sendo articulador da iniciativa. Estarão envolvidas diferentes secretarias, órgãos das forças de segurança, entidades empresariais e instituições de ensino.


A realidade brasileira é de violência, destaca o secretário municipal de Governança e Relações Institucionais, Everton Oltramari. “Nosso país está na quinta posição no ranking mundial de feminicídios, fora os índices de homicídios e de violência doméstica. Isso é uma epidemia também e os municípios não podem se omitir diante desta pauta. Sempre foi deixada a responsabilidade para o Estado, mas os municípios devem fazer sua parte”, defende.

Foto: Luiz Fernando Bertuol
Educadores da rede estadual receberam as diretrizes do
programa para disseminar o contexto entre os estudantes


A união de esforços contra o crime e a violência se reflete em alívio para ações em outras áreas. “Santa Cruz passou a ser um grande articulador de programas de prevenção com a união de todos os órgãos de segurança, secretarias e demais representantes de diversas áreas. A ideia do pacto é agir antes que o crime ocorra, alcançando as populações mais vulneráveis com ações nas áreas de educação, saúde, esporte, cultura e desenvolvimento social. Será um trabalho conjunto para trabalhar nas causas dos crimes e não nas consequências”, garante Oltramari.


Estudos de casos precederão as ações efetivas. “Tudo será feito com base em evidências, que perfazem o diagnóstico, formulação do pacto e implementação dos programas e monitoramento permanente. Iremos identificar as áreas mais violentas da cidade. Queremos atingir cerca de 20 mil jovens e suas famílias. Se a criança vive em um ambiente violento, irá disseminar isso. Serão desenvolvidas ações em todos os âmbitos, inclusive no sistema prisional com a ressocialização de apenados.”


Vários encontros preliminares já foram realizados para contextualizar e formular o programa. Em um deles o diretor-executivo do Instituto Cidade Segura, Alberto Kopittke, destacou como a proposta será executada. “A ação conjunta de estratégias integradas é essencial para o êxito da iniciativa. Universidade, escolas, governo, igrejas, associações e entidades diversas deverão estar juntas em uma gigantesca coalizão de forças pela paz. Serão colocados em prática projetos de educação socioemocional para crianças, com o propósito de reduzir a infrequência e a evasão escolar, e também para jovens com comportamento de risco”, adiantou.