Lavignea Witt
A época mais doce do ano está chegando. A Páscoa, celebração religiosa comemorada anualmente, será no dia 17 de abril. Com a proximidade da data, muitas pessoas já se preparam para as compras dos chocolates para presentear amigos, companheiros e familiares. Entretanto, quem está à procura de doces encontrou preços salgados nas prateleiras dos supermercados e lojas.
Para fugir da alta dos preços dos chocolates industriais e incentivar os pequenos negócios, muita gente procura doces e chocolates artesanais fabricados no próprio município. Desde o início da pandemia, o número de microempreendedores que confeccionam esse tipo de produto cresceu e esses fabricantes viraram alvo dos clientes na hora da compra de lembranças de Páscoa.
O mercado digital e as novidades são os meios que mais atraem os consumidores e disso Luana Kothe entende bem. Ela começou no ramo dos chocolates por acaso, após uma publicação em uma rede social. “Em 2020, quando iniciou a pandemia e ficamos em casa, fiz um ovo de colher para mim e postei nas redes sociais. Depois disso, várias pessoas me chamaram perguntando se poderia fazer para elas também. Naquele ano foram 114 ovos de colher, isso que eu nem tinha caixinha para eles. Foi uma correria para conseguir tudo”, lembra.
Após esse episódio, Luana começou a investir mais nas produções e incrementar novidades em seu cardápio. “Ano passado me pediram bastante lembrancinhas para a Páscoa. Então neste ano fiz coelhos de chocolate, coração lapidado de brownie, chocolate cremoso, entre outros. O trio de miniovos também entrou no cardápio este ano e o preview de Páscoa terá sete miniovos diferentes”, adianta.
A produtora de chocolates observa que as vendas nesta época do ano são boas e movimenta vários setores da economia. Ela salienta que, por conta da visita de familiares, além dos restaurantes e da rede hoteleira, a Páscoa com sua demanda de chocolates também será movimentada. Em relação ao item mais procurado, Luana certifica: “Os ovos de colher, porque são gostosos e compensam em relação ao valor dos industriais”.
A confeiteira Andresa Theisen, que trabalha com doces há sete anos e começou a produzir os ovos de Páscoa em 2018, conta que seus produtos já sofreram várias alterações de design e que a cada ano a fabricação se torna mais especial. “Trabalhamos com ovos de colher totalmente artesanais e utilizo somente ingredientes de primeira linha em nossa produção”, acentua. Além disso, neste ano ela oferece várias novidades em sabores para o público infantil.
Andresa conta que a procura em relação aos doces sempre foi grande, mas durante os dois anos de pandemia houve uma pequena queda nos pedidos da clientela. Porém, reitera que a expectativa para a Páscoa de 2022 é boa. “Por enquanto, as encomendas estão mais fracas, pois o pessoal está aguardando receber os salários no início de abril para fazer suas encomendas. Mas todo ano é igual, uma semana antes da páscoa normalmente preciso fechar agenda e não consigo atender a todos”, conclui.