Início Geral Conferência debate saúde mental e seus reflexos no pós-pandemia

Conferência debate saúde mental e seus reflexos no pós-pandemia

Fotos: Luiz Fernando Bertuol
Evento teve o intuito de avaliar e propor diretrizes para o setor, discutir temas específicos e escolher delegados para participação na conferência estadual

Usuários, gestores, prestadores de serviços e trabalhadores do SUS estiveram reunidos na quarta-feira, dia 9, na Câmara de Vereadores para a 2ª Conferência Municipal de Saúde Mental. Com o tema A Política de Saúde Mental como Direito: pela defesa do cuidado em liberdade, rumo a avanços e garantia dos serviços da atenção psicossocial no SUS, o evento teve o intuito de avaliar e propor diretrizes para o setor, discutir temas específicos e escolher delegados para participação na conferência estadual.


Na cerimônia de abertura, a coordenadora municipal de Saúde Mental, Taís Giordani Pereira, focou na importância do debate público e afirmou que Santa Cruz do Sul é exemplo na área de saúde mental no Estado, como decorrência das lutas e conquistas de usuários e familiares e também da dedicação dos profissionais. “Nosso objetivo hoje é promover o diálogo e a troca de ideias sobre o que se pode melhorar. Para atender a crescente demanda em saúde mental, agravada pelo contexto da pandemia, temos que acompanhar e garantir a qualificação da rede de atenção psicossocial, definindo propostas que garantam o cotidiano do cuidado em liberdade e atenção a todos os que dele necessitem”, disse.


Para a secretária municipal de Saúde, Daniela Dumke, debater saúde mental no atual contexto é mais do bem-vindo e necessário para que se possa aprender a conviver dentro de uma nova realidade. “O debate é muito pertinente, justamente agora, depois de dois anos de pandemia, quando muita gente ainda sofre pela perda de familiares. E tem também a questão do medo que é muito presente, muitas pessoas se enclausuraram dentro de casa e não conseguiram lidar com isso sem adoecer”.
Como decorrência do londo período de pandemia, a secretária afirmou que já se nota um aumento na demanda pelos serviços de saúde mental. “Muitas pessoas relatam medo, sabemos de crianças que têm receio de tirar a máscara, afinal foram dois anos sem poder ter contato com as pessoas, sem poder encostar, abraçar. Isso tudo acaba mexendo com o psicológico, sem falar nos demais sintomas decorrentes da Covid-19 e que também vão demandar outros serviços de saúde”, alertou.


Com relação ao preparo da rede, Daniela afirma que o município possui serviços muito bem estruturados e que o trabalho consiste no sentido de fortalecer ainda mais a rede de atendimento. “Com certeza a gente sempre procurar mais, buscamos sempre qualificar os serviços, no caso das nossas unidades básicas, manter os profissionais preparados para fazer este acolhimento e a leitura correta da necessidade de cada usuário, dando a ele o encaminhamento mais adequado, disse.


Também estiveram presentes na cerimônia de abertura, compondo a mesa de honra, a titular da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde, Mariluci Reis, e o representante dos familiares e usuários dos serviços de saúde mental da rede municipal, Paulo Helfer. Ainda na parte da manhã foi apresentado um vídeo com a manifestação do presidente do Conselho Estadual de Saúde (CES), Cláudio Augustin, e um painel com a participação online de demais representantes do órgão.


Na sequência foram realizados trabalhos em grupo, dentro de cada eixo temático, plenária de apresentação e votação do relatório final e escolha de delegados para a 4ª Conferência Estadual de Saúde Mental, que será realizada de 8 a 10 de abril, no modo online.