Rosibel Fagundes
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A segunda-feira, 1º, que parecia ter iniciado tranquila com a ocupação de Helena Hermany (PP) em uma nova sala, agora no Pavilhão Central da Oktoberfest antigo gabinete que abrigou os prefeitos do PTB, Kelly e Sérgio Moraes, expôs mais uma situação delicada no governo de Telmo Kirst (PP).O promotor de Defesa Comunitária Érico Barin, disse que a semana servirá para o Ministério Público ampliar a investigação sobre a suposta expulsão de Helena Hermany de seu gabinete.
Novas testemunhas sobre a polêmica serão ouvidas esta semana e uma ação civil pública por improbidade administrativa deverá ser ajuizada contra o prefeito Telmo Kirst (PP) e o secretário municipal de Administração e Transparência, Vanir Ramos de Azevedo, como explica o promotor. “A investigação segue agora para um contexto mais amplo, sobre a motivação do prefeito aos fatos. Ouvimos de alguns servidores públicos concursados sobre este clima de terror que se instaurou no ambiente da prefeitura municipal por conta destas situações de represálias adotadas como o desligamento de CCs. Queremos saber se este foi o contexto que ensejou essa retirada da vice-prefeita de seu gabinete. É um fato provado. Já temos uma prova do que aconteceu. E na visão do Ministério Público é um ato ilegal e terá consequências,” afirmou o promotor Érico Barin.
Ainda conforme Barin, o MP recebeu mais uma prova na semana passada confirmando os fatos relatados pela vice-prefeita sobre sua expulsão de gabinete. “Do dia 20 a 28 de março, a vice-prefeita não teve um local de trabalho. Ela foi determinada que deixasse seu local de trabalho. E no dia 28 recebemos mais uma prova de que a situação permanecia. E demos um ultimato, um alerta ao prefeito que se a situação permanecesse o MP iria ajuizar uma ação cível pública imediatamente.”
Sobre a menção de um pedido judicial do afastamento de cargo do prefeito Telmo Kirst, o promotor afirmou que é uma medida adotada quando uma ilegalidade acontece e o gestor público é alertado dela e não toma tipo de providência alguma. A possibilidade de afastamento de cargo do prefeito, foi descartada ainda na sexta-feira da semana passada quando um novo gabinete foi providenciado a Helena Hermany. Nesta quarta-feira, 3, outras pessoas serão ouvidas e a previsão é de que o inquérito civil que teve início no dia 20 de março seja concluído até a próxima sexta-feira, 5. O inquérito vai definir se o caso será arquivado ou poderá haver o ajuizamento de uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa. Conforme o promotor, o prefeito Telmo Kirst já foi notificado pelo MP. Sobre a menção do prefeito Telmo Kirst de que o promotor estaria cometendo abuso de poder, Érico Barin garantiu que providências legais serão tomadas.
POSIÇÃO DA PREFEITURA
Através da Secretaria Municipal de Comunicação, a Administração Municipal admitiu que, “já se manifestou ao jornal e à sociedade. Também o fez ao Ministério Público quando solicitado. Com isso e em respeito aos santa-cruzenses trataremos do assunto no âmbito adequado”.