O vereador Francisco Carlos Smidt, o Carlão (PSDB), usou a tribuna na noite dessa segunda-feira, dia 23, para trazer o protesto dos pais da Escola Estadual José Mânica, que no ano que vem não passará mais a ofertar matrículas para o 1º ano do ensino fundamental. Um grupo de pais, capitaneado pela presidente do CPM da escola, Aline Ebert, esteve presente na Câmara. Ele disse que avalia a possibilidade de levar o caso da escola ao Ministério Público.
Segundo Carlão, a decisão partiu da 6ª Coordenadoria Regional de Educação, que alegou três motivos para o fechamento desta turma: falta de salas; a de que o Ensino Fundamental é atribuição do município; e o terceiro, é que no ano que vem haverá o novo Ensino Médio.
“Esses motivos são infundados porque existem salas disponíveis no turno da tarde. Três salas que podem ser ocupadas pelo 1º ano do Ensino Fundamental. Também destaco que além do Município, o Estado também tem atribuição com o Ensino Fundamental, uma vez que este deu origem à escola. Já o novo Ensino Médio é algo para o futuro”, citou.
Carlão disse ainda que caso se confirme esta situação, os pais teriam que levar os filhos para a escola Luiz Dourado, para o Colégio Santa Cruz, para o Santa Vitória e o Felipe Jacobs. “Não há nas proximidades uma escola de Ensino Fundamental e os transtornos seriam muitos”.
O vereador disse ainda que a escola está envolvida numa “novela que completa uma década, um filme de terror”. Em 2012 o prédio da Escola José Mânica teve que ser demolido e naquela época muitos escolares tiveram que ser removidos. “O Estado alugou um container que deveria ser algo provisório, que já está se arrastando por dez anos, de forma totalmente inadequada para professores e alunos”. Houve redução de alunos, pais que tiveram que pagar uma van para transportar seus filhos para outras escolas próximas. De lá para cá houve muitas promessas.
Segundo Carlão, no atual governo é que a questão andou, porque antes houve muitas promessas e mentiras. “Neste governo, na gestão do secretário de Educação, Faisal Karam a coisa andou, com a elaboração dos projetos. Tenho mantido semanalmente contatos para a reconstrução da escola. Agora, a situação encontra-se na elaboração da planilha financeira, última etapa antes do processo de licitação”.
Em abril houve uma decisão judicial, num encaminhamento de uma Ação Civil Pública pelo CPM da escola, que a Justiça deu ganho de causa obrigando o Estado a fazer a construção do novo prédio.