Na minha playlist não tem nenhuma música da Marília Mendonça, assim como de nenhum cantor, dupla ou cantora do sertanejo. Confesso que não gosto nem do estilo e nem das letras, salvo umas poucas. Preconceito? Talvez. Mas com relação a Marília, desde que a assisti pela primeira vez em um programa de televisão, ela me chamou atenção pela voz. Disse pra Déia: “canta muito essa menina”. Assim a vi mais algumas outras vezes.
Mas a Marília Mendonça que morreu na sexta-feira (5) se tornou admirada pela sua história sofrida, pela sua alegria que todos que estiveram com ela falam aos quatro ventos, pela mulher em defesa das mulheres sem ser uma feminista orgânica, pela consciência política que em 2018 demonstrou ao dizer Ele Não quando a supremacia dos sertanejos fazia campanha para o atual presidente da República. Aos 26 anos de vida, ela fez muito como mulher, como artista, como mãe.
Faço essa homenagem a ela por uma simples razão – a vida é um sopro. Por mais que lutemos, e devemos lutar, contra o declínio que os anos colocam em nossos ombros, assistir o fim de uma pessoa com tanto futuro pela frente, dói.
Talvez, por uma questão de destino (como se fala), o caminho dela ao retratar sofrimentos, a fizeram deixar tristes milhares e milhares de fãs.
Pela primeira vez vi a principal rede de televisão do Brasil, a Rede Globo, pautar seus programas, inclusive o Fantástico, todos para contar e retratar a história dessa moça. Ela não foi só uma celebridade. Ela é especial. Suas músicas irão tocar nos fones dos celulares de milhões de pessoas e de muitas dessas mulheres que se identificavam com as letras. Se ao seu lado, no ônibus que te leva para o trabalho, veres alguém com lágrimas dos olhos, com os fones no ouvido, podes apostar que é Marília Mendonça que está dando o recado.
Com relação ao acidente em si, parece-me que realmente foi uma enorme fatalidade. O piloto não conseguiu enxergar o fio entre as torres de energia e colidiu, teoricamente perdendo ali os dois motores do avião que se espatifou em um cenário lindo de uma cascata de águas cristalinas. O piloto levava a cantora para mais um show. Rotina.
“Pare o avião
Meu grande amor está aí
E se eu ficar sem ele
Meu mundo acaba hoje aqui” (Trecho de Pare o Avião, de Marília Mendonça)
O Grêmio vai disputar a Série B em 2022.
Por mais que nós torcedores façamos cálculos para manter uma esperança que já se foi faz tempo, o retrospecto não qualifica, nem remotamente, que algo irá acontecer a não ser um milagre que multiplique os pontos que o clube não alcançou até então.
De pronto acredito que a direção deve chamar com convicção o técnico para a próxima temporada e fazer um time que assimile o fracasso e se supere para tirar o time do buraco para 2023.
Muito precisa ser feito. Principalmente, penso eu, é dar confiança para a torcida que está em profunda depressão. São três quedas. É como o viciado que, em recuperação, tem uma recaída. Cada vez que isso acontece, o quadro piora. É uma doença. O torcedor do Grêmio é doente de tanto amor por esse time que de imortal só tem a fama. Já morreu e ressuscitou. Será que consegue outra vez?