Ao longo da última década, o serviço de estacionamento Rotativo Rapidinho repassou R$ 1.616.637,32. O valor é o resultado do balanço apurado entre os anos de 2011 a 2020. Corpo de Bombeiros, Brigada Militar, Polícia Civil, Instituto Geral de Perícias (IGP), Superintendência dos Serviços Penitenciários do Estado (Susepe) e a Secretaria Municipal Segurança e Mobilidade Urbana estão entre os órgãos que recebem recursos do serviço.
O Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública de Santa Cruz do Sul (Consepro) é o órgão responsável pela gestão do Rapidinho, assim como pelos repasses feitos aos órgãos de segurança. De acordo com o presidente do Consepro, Guido Fernando Hermes, várias despesas com a segurança pública no município são custeadas pela operação do Rapidinho. “O pagamento de limpeza dos quartéis, contratação de estagiários para o posto de identificação são contribuições que o estacionamento pago viabiliza à comunidade. Todos os recursos recebidos com o Rapidinho são investidos no próprio município”, explica.
Além dos repasses mensais, o Consepro colabora com a compra de viaturas e aparelhamento de instalações de segurança pública. “Em 2019, ajudamos com R$ 120 mil, repassados para a reforma da Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA). A reforma foi feita para dar melhores condições de atendimento à comunidade, assim como de trabalho aos policiais que atuam no local”, destaca Hermes. O total de repasses para aparelhamento das forças de segurança, ao longo dos últimos dez anos, soma R$ 625.987,60.
Entre os veículos adquiridos com a arrecadação do Rapidinho estão três automóveis doados para a Brigada Militar, um Prisma, um Duster e um Fiesta. Já a Secretaria Municipal de Segurança a Mobilidade Urbana recebeu duas motocicletas e uma Spin, utilizadas pela pasta nas ações de fiscalização em Santa Cruz do Sul. “Todo o resultado positivo do Rapidinho é aplicado na segurança pública do município. Este modelo só trás benefícios aos usuários e a comunidade”, comenta o presidente do conselho.
Operação garante 50 empregos diretos
O modelo de operação do Rapidinho viabiliza a contratação de 50 trabalhadores de forma direta, por meio do Consepro. “Este formato é único, pois todo o resultado obtido com a cobrança do rotativo é empregada em benefício da comunidade. O Consepro não tem fins lucrativos e os conselheiros são todos voluntários. Apenas quem trabalha no estacionamento tem contrato”, justifica Guido Fernando Hermes.
As trabalhadoras que atuam no Rapidinho são, muitas vezes, chefes de família, responsáveis pelo provimento dos recursos financeiros para o sustento de filhos e dependentes. “Durante todo o período da pandemia, aquelas que precisaram ficar afastadas, seguiram vinculadas ao Consepro, recebendo normalmente. Muitas pessoas querem trabalhar no Rapidinho. Na última seleção feita, onde haviam apenas três vagas, recebemos mais de 600 currículos”, ressalta.
Despesas custadas ano a ano
2011 R$ 22.824,69
2012 R$ 22.723,94
2013 R$ 38.896,93
2014 R$ 52.540,01
2015 R$ 112.029,29
2016 R$ 144.433,46
2017 R$ 103.288,35
2018 R$ 155.744,93
2019 R$ 260.332,67
2020 R$ 77.835,45
Total R$ 990.649,72
Doações para órgãos de segurança
2011 – 2020
Corpo de Bombeiros – R$ 3.004,00
Brigada Militar – R$ 261.437,60
Defrec – R$ 50.920,00
Polícia Civil – R$ 83.600,00
Polícia Rodoviária Estadual – R$ 140.336,00
Secretaria Municipal de Segurança e Mobilidade Urbana – R$ 86.690,00
Total – R$ 625.987,60
Total geral de repasses – R$ 1.616.637,32