Em alguns editoriais do “Riovale Jornal”, foi abordada a questão da pós-modernidade, que é representada por um contexto cultural localizado na metade final do século 20 e no século 21. Seria interessante, antes de reforçarmos nossa análise sobre a pós-modernidade, tratarmos de entendermos o que veio antes, ou seja, a modernidade. Podemos dizer que a modernidade possui diversos marcos iniciais relevantes, ainda no século 18, como a Revolução Francesa, a Revolução Americana e a Revolução Industrial na Inglaterra.
Há uma certa confusão nesse sentido, pois, no estudo da História, muitas vezes o que se chama de “Era Moderna”, na verdade, teria iniciado lá no século 14, com o Renascimento e o fim da Idade Média. A Era Moderna teria se estendido até o século 18, quando as revoluções Francesa, Americana e Industrial nos trouxeram para a Era Contemporânea. Mas a Era Contemporânea, por sua vez, divide-se entre modernismo e pós-modernismo.
Portanto, podemos dizer que existem, no mínimo, dois modernismos: o primeiro a partir do Renascimento (do século 14 ao 18); e o segundo a partir das grandes revoluções (do século 18 à Segunda Guerra Mundial). Com o fim da Segunda Guerra, entraríamos em um terceiro movimento: o pós-modernismo. Avaliando especificamente o segundo modernismo (primeira etapa da Era Contemporânea), a partir das grandes revoluções, algumas características são as seguintes: nacionalismo, capitalismo, liberalismo político e econômico, imperialismo (colonização da África e da Ásia por potências nacionais europeias), industrialização, crescimento das cidades.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial e a ascensão da pós-modernidade, o nacionalismo ganha outros contornos, com a bipolarização entre Estados Unidos e União Soviética. O liberalismo e o capitalismo entram em xeque diante da formação dos Estados de Bem-Estar Social no leste europeu (socialismo) e na Europa Ocidental (social-democracia). Acontece o processo de descolonização na África e Ásia. O meio ambiente ganha um foco decisivo. Nos anos 70 e 80, o capitalismo reage com o neoliberalismo e a globalização, cai a União Soviética, e a esquerda se rearticula em torno do novo progressismo. O fim da História não é mais “fim”.