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Menino José Samuel precisa de ajuda

Criança foi diagnosticada com paralisia cerebral, microcefalia e epilepsia

Ricardo Gais
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Simone: “Fiz uma vaquinha para pagar os exames”. Fotos: Rolf Steinhaus

No Bairro Faxinal Menino Deus, em Santa Cruz do Sul, mora o pequeno José Samuel Telles Puntel, de um ano e 11 meses, com a irmã Ana Vitória Telles Puntel, de seis anos, e a mãe Simone da Silva Telles, de 32 anos. A família humilde reside em uma casa de aluguel social e está passando por dificuldades.

Quando José tinha apenas nove meses, após exames neurológicos foi diagnosticado com microcefalia (condição em que a cabeça de um bebê é significativamente menor do que o esperado, muitas vezes devido ao desenvolvimento anormal do cérebro), paralisia cerebral grau quatro (a paralisia cerebral ocorre também devido ao desenvolvimento anormal do cérebro, muitas vezes antes do nascimento) e epilepsia (uma doença em que há perturbação da atividade das células nervosas no cérebro, causando convulsões).

“Depois que saíram os laudos médicos começou a correria. Tive que ir até Venâncio Aires para uma consulta com um neurologista e também a Porto Alegre. Como eu não tinha dinheiro, fiz uma vaquinha para fazer esses exames. Então, quando saíram os resultados constou a paralisia cerebral e a microcefalia. Este ano, em nova consulta, também foi diagnosticada a epilepsia”, desabafou a mãe.

José, que faz aniversário no próximo dia 23 de julho, está tomando medicamentos que recebe do governo do Estado e alguns que sua mãe precisa comprar. O menino toma Melatonina para dormir, e Fenobarbital, medicamento usado para prevenir convulsões em pessoas com epilepsia.

A mãe Simone está desempregada há mais de um ano e atualmente sustenta sua família com apenas R$ 170, valor que recebe do Programa Bolsa Família. “Eu cheguei a ganhar no ano passado cinco parcelas do Auxílio Emergencial, mas neste ano eu não consegui ganhar a nova rodada. Ganho outros R$ 300 de pensão, mas esse dinheiro é para comprar as coisas do meu filho”. Ela já providenciou junto ao INSS o encaminhamento para receber o benefício para José. A perícia está agendada para o próximo dia 20.

“Quando eu peguei os R$ 170 fui para o Centro e pensei: o que vou fazer com esse dinheiro no mês inteiro? Então fui em um supermercado da cidade e comprei dois potes de brigadeiro e comecei a fazer negrinhos e outros doces para vender na rua. Com o dinheiro que consigo com a venda dos doces dá para manter o básico em casa”, contou emocionada.

Para angariar valores, Simone vende os doces em bairros da cidade de porta em porta e como não tem com quem deixar as crianças, as leva junto. “Foi uma forma que encontrei para pagar as contas”, disse a mãe.
Mesmo vendendo doces, a mãe relata que não consegue comprar muitas coisas para os filhos, principalmente para José. “Às vezes realizamos chá rifa para comprar fraldas e hoje a maior necessidade é por roupas quentes e lenços umedecidos. A comunidade aqui me ajuda muito. Esses dias eu estava com a luz cortada e me ajudaram a pagar”, relatou. O menino precisa tomar o leite Fortini, que recebe do Estado, mas Simone relata que não recebeu mais nos últimos dias. “No momento, adaptei com o leite normal de caixinha”.

A mãe sublinha que leva José, todas as quintas-feiras, à tarde, na Apae para fazer tratamento para poder caminhar, e ganhou da Clínica Antônio’s um tratamento que é realizado na piscina. “Tudo para ajudar na adaptação dele”.

Para angariar valores, Simone vende os doces em bairros da cidade de porta em porta e como não tem com quem deixar as crianças, as leva junto

Sonho da casa nova

No recente sorteio das casas populares do Loteamento Mãe de Deus, realizado pela Prefeitura de Santa Cruz do Sul, a família de Simone foi contemplada com uma residência. “Estou muito feliz! A Prefeitura fez a casa toda adaptada para o meu filho, que vai usar cadeira de rodas. Isso vai ser uma mudança de vida para a gente e vou poder dar uma vida digna para meus filhos”, sublinhou a mãe que não conteve as lagrimas.

Quem puder e estiver interessado em ajudar, seja com roupas, alimentos, produtos para a confecção dos doces, pode entrar em contato pelo telefone ou WhatsApp: (51) 9 8934-0093 – Simone.