O pensador latino-americano Eduardo Galeano afirma: A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.
Cada dia de nossa vida está invariavelmente ligado à razão de viver. Eis a essência da utopia. Estamos garimpando razões para viver, a partir das circunstâncias que se apresentam.
Cada dia tem as suas próprias circunstâncias. Cada dia inventa as suas próprias razões, e é preciso compreender que a vida é a sucessão de acontecimentos que formam nossa compreensão e entendimento.
Se a gente olhar para trás, vai descobrir que a vida foi acontecendo sem nos darmos conta de que, na maioria das vezes, tenhamos tido consciência que estávamos vivendo uma etapa importante de nossa vida, consolidando quem sabe uma fase ou iniciando um novo tempo.
Nenhuma etapa vem pronta, é preciso aceitar que somos protagonistas de um novo tempo, sem nos darmos conta de que fazemos a travessia, mas é preciso que nos lancemos ao mar, encaremos as ondas e acreditemos que somos timoneiros, sem ter medo do mar bravio.
Em nenhum momento podemos nos encolher e desistir da jornada, porque a vida é luta renhida e não admite fracassados. E é preciso lutar corajosamente na superação das tempestades, das ondas fortes, porque na vida não há lugar para fracassados ou derrotados.
A utopia serve para caminhar. Vamos em frente, acreditando que somos desafiados a caminhar com o olhar no horizonte.