LUANA CIECELSKI
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Diferentemente de outros candidatos, João Miguel Wenzel iniciou na vida política mais tarde, quando seu irmão, José Alberto se candidatou a vereador do município na década de 1990. Mas segundo ele, isso não passou de um primeiro contato. “Eu ajudei na campanha e estive próximo dele, e acabei criando gosto pela coisa”, conta. Porém, o que realmente o inseriu na vida política como um protagonista foi sua atuação na rede de ensino. Mais especificamente, quando assumiu a direção da Escola Estadual de Ensino Fundamental Sagrada Família, de Linha Pinheiral.
“A gente conseguiu criar a escola de tempo integral, a gente atendia as crianças das 7h às 18 horas, todos os dias. Ali eu me dei conta de que era preciso unir as pessoas para alcançar um objetivo comum. E então percebi que é assim com a política também. E que eu podia gostar disso tudo”. Foi assim que ele acabou se candidatando a vereador e foi assim que ele acabou se tornando candidato a vice-prefeito de Sérgio Moraes, pelo PTB.
Para que isso acontecesse, no entanto, foi necessária uma grande mudança na vida de João Miguel, uma troca de partido que não havia sido planejada, mas que se mostrou uma boa escolha. “Fui muito bem acolhido dentro do PTB. O PTB se tornou uma grande família pra mim. Gosto do jeito como esse partido faz política. É um jeito simples. E eu me considero assim também. Sou bastante prático”, ele diz. “O Sérgio mesmo costuma brincar que eu era PTB e não sabia”.
E é com esse jeito simples e prático que João Miguel pretende atuar se eleito. “Vamos (ele e Sérgio) trabalhar pelas pessoas, pelo povo, pelo bem comum, é isso que nos motiva”, aponta. E ele não pretende assumir uma secretaria, mas atuar no gabinete, como braço direito do prefeito. “Tenho um carinho muito especial pela educação e esse sempre será meu norte, porque acredito nela como sendo a base de tudo, mas vou atuar em todas as áreas”, garantiu.
De outra forma, João Miguel garante que, se eleitos, ele e Sérgio terão como uma das principais características o habito de ouvir as pessoas. “Esse é o meu jeito, é o jeito de Sérgio, e eu acho que é por isso que a gente está tão sintonizado e as coisas têm dado tão certo para nós”, ele observa. “Não raro a gente sai de uma reunião comunitária e o Sérgio me diz: ‘tu viu o que aquela mulher falou? Essa pode ser a solução para tal problema se pensarmos dessa ou daquela forma’. Ele realmente quer que as pessoas conversem com ele. E eu quero isso também”.
Quer isso, porque aprendeu, desde os tempos de diretor da Escola Sagrada Família, que é preciso unir as pessoas para alcançar os objetivos, e por isso acredita que administrador municipal bom é aquele que está nas ruas, junto das pessoas, nos quatro anos de governo. Também aprendeu isso em casa, com a esposa ao lado da qual está há 23 anos e com os filhos – um de 16 e outro de 3 anos – porque nas horas livres, não há nada melhor, segundo João Miguel, do que sentar para tomar um chimarrão e ouvi-los.