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Doralino Silveira da Rosa propõe demandas que visam à valorização do povo negro

Foto: Jacson Miguel Stülp

Na sessão da Câmara de Santa Cruz do Sul desta segunda-feira, dia 24, o segundo suplente de vereador do Partido dos Trabalhadores, Doralino Silveira da Rosa assumiu a vaga e apresentou demandas que visam à valorização do povo negro na sociedade entre outras.

Ele apresentou um projeto de lei que pretende denominar a Rua 08 (Oito) do Loteamento Chácara Torrano, de Rua 20 de Novembro. Conforme Doralino foi a mobilização da comunidade negra brasileira, que perfaz ao menos a metade da população nacional, incluindo-se pardos e pretos, que instituiu o 20 de Novembro como data comemorativa brasileira, o Dia da Consciência Negra, instituído oficialmente pela Lei Federal.   

“O 20 de Novembro, inclusive, é feriado em vários municípios brasileiros, relembra a luta permanente dos negros e negras contra a escravidão muito antes do 13 de maio de 1888. Centrada na morte do líder quilombola Zumbi dos Palmares, no ano de 1695, a data simboliza todos os movimentos de resistência e busca de libertação por parte dos próprios africanos e afro-descendentes no Brasil”, justifica o vereador petista. O projeto de lei vai à votação no plenário em algumas semanas.

O outro expediente que faz alusão ao povo negro é uma indicação, aprovada na sessão, ao Poder Executivo que seja denominado Bairro 13 de Maio à próxima subdivisão ou alteração territorial urbana em Santa Cruz do Sul, configurando um novo bairro na cidade. Doralino destacou que periodicamente, com a expansão do perímetro urbano ou parcelamentos de áreas necessárias à melhor gestão da cidade, a sede municipal é acrescida de mais bairros ou alterações em denominações já existentes. Assim, quando tal momento surgir, indicamos ao Poder Executivo que denomine o novo perímetro como Bairro 13 de Maio.

“A razão de tal denominação é bastante evidente, mas ressaltamos que se trata de uma data cívica da maior relevância à Nação Brasileira. É quando, após quase quatro séculos de trabalho ininterrupto, sem direito algum, a população negra, fruto de sua resistência e luta libertária, junto com o movimento abolicionista, à revelia da vontade dos senhores de escravos, o povo negro do Brasil – último país ocidental a abolir o regime escravocrata – obtém o fim da escravidão, estatuto desumanizador e que sustentou uma exploração medonha, jamais paga às gerações à época e posteriores, mantendo os efeitos perversos do cativeiro secular até hoje, via o racismo estrutural e o individual, sofrido diariamente pelas pessoas de pele escura, afrodescendentes, comprovado por acontecimentos discriminatórios cotidianos e estatísticas estarrecedoras, que nos envergonham”, defendeu o vereador.

Doralino da Rosa apresentou, ainda, outro projeto de lei, que ainda vai à votação e visa denominar a Rua III do Loteamento Vale do Nazaré de Rua 8 de Março. A data 8 de Março é histórica e das mais importantes em todos níveis, pois marca a luta das mulheres por igualdade, liberdade e protagonismo em todos os setores da sociedade, justificou ele. Como sabido, as comemorações iniciaram na década de 1970, oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU), ligando-se a trágicos acontecimentos, onde trabalhadoras fabris nos Estado Unidos da América (EUA) morreram em um incêndio no ano de 1911.

Por fim, o vereador petista aprovou, também, uma indicação ao Poder Executivo para que seja providenciado junto às ruas Edwino João Haeser, na altura do n° 393, e Egídio Normelio Boetcher, na altura do nº 243, redutores de velocidade (quebra-molas ou lombadas), entre outras sinalizações de trânsito adequadas aos locais. Tal pedido decorre do risco iminente aos transeuntes, tendo em vista, infelizmente, a falta de prudência de parte dos condutores de veículos, entre automóveis, caminhões e motocicletas, que circulam por estas ruas, ressaltou Doralino.