Ao longo da pandemia, uma das maiores polêmicas foi a realização, ou não, de aulas presenciais. Esta discussão comprovou que a educação é um dos pilares mais importantes da sociedade. Contudo, é de conhecimento público que a educação, no Brasil, precisa avançar bastante para chegarmos a um nível aceitável. Alguns diriam: “O País está fadado ao fracasso, nunca vamos atingir um patamar educacional de excelência. Somos o eterno país do futuro, não chegaremos ao nível dos países mais avançados”.
Essa visão pode ser rebatida e contestada se recorrermos a acontecimentos relevantes da história do Brasil. Afinal, diversos avanços na área da educação podem ser relatados na trajetória do nosso País. Por exemplo, em 1930, foi criado o Ministério da Educação, no comecinho do governo de Getúlio Vargas. A instituição, que é integrante da administração federal, persiste até a atualidade. Sua relevância é inegável.
Também na década de 1930, mais precisamente em 1934, foi criada a Universidade de São Paulo (USP), considerada um divisor de águas na história da Educação Superior brasileira. O surgimento da USP foi marcante para a pesquisa e a ciência, embora o projeto dessa universidade fosse elitista. Infelizmente, trata-se de uma realidade histórica do Brasil: a educação de qualidade voltada para poucos, para uma elite.
Por isso, entre os avanços ocorridos na educação nacional, é preciso destacar o Fies, financiamento estudantil criado no governo de Fernando Henrique Cardoso e ampliado na administração de Lula. O programa, que é uma reformulação do crédito educativo iniciado na Ditadura Civil-Militar, permitiu uma Educação Superior mais inclusiva.
As criações do Ministério da Educação, da USP e do Fies, são apenas três acontecimentos relevantes na história da educação no Brasil. Em uma trajetória secular, imaginem quantos avanços ocorreram no País em termos educacionais. Estamos longe de um nível aceitável, mas é possível avançarmos para chegar lá. Acreditemos, pois o País já deu mostras de que pode progredir.