Ricardo Gais
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Com previsão da retomada das obras do Calçadão da Marechal Floriano para junho, a Prefeitura de Santa Cruz do Sul apresentou, na quarta-feira, 5, para as entidades empresariais do Município, o novo projeto de revitalização que foi encaminhado para a Central de Licitações. A obra está parada desde a rescisão do contrato com a empresa que executava o trabalho Progetto Sul Ltda, de Lajeado.
O projeto sofreu alterações, como a redução de cinco para três quadras entre as ruas Tiradentes e 28 de Setembro, e ajustes relacionados à drenagem, como o reforço de mais tubulação. Segundo assessoria de imprensa do Município, o restante das intervenções permanece o mesmo, como ampliação do passeio público, canteiros maiores para as tipuanas, espaço para bares e restaurantes colocarem mesas e cadeiras, além de bancos e até um pergolado de madeira em frente ao Palacinho.
A alteração do projeto ocorreu em razão de o Executivo querer entregar a obra, que tem o valor de licitação em R$ 3.058.558,12, até o final de novembro deste ano.
Grande parte do comércio varejista, concentrada na principal via da cidade, foi impactada negativamente com o começo da obra, iniciada em 26 de junho do ano passado, a qual impediu a circulação de veículos e de clientes devido às calçadas estarem danificadas em uma das épocas cruciais para o aumento nas vendas: o Natal.
De acordo com a Prefeitura, representantes de lojistas situados na Marechal Floriano também foram ouvidos, em pelo menos três encontros, para alterações no projeto original e se espera que a licitação saia em um prazo de 30 dias. Uma das sugestões dos lojistas é que a obra não interfira no movimento de clientes em datas importantes como Dia dos Pais e Dia das Crianças.
Para apresentar o projeto e ouvir sugestões, o Executivo Municipal convidou os presidentes da Associação Comercial e Industrial de Santa Cruz do Sul (ACI), Associação de Entidades Empresariais de Santa Cruz do Sul (Assemp), Câmara de Dirigentes Lojista (CDL) de Santa Cruz e Sindilojas Vale do Rio Pardo. Saiba como cada presidente avalia o projeto
Fábio Borba – presidente da Assemp
Ele destaca que, após assistir à apresentação do projeto do novo Calçadão da Marechal Floriano, ficou muito entusiasmado e elenca os motivos: “A intenção da Prefeitura é que a obra seja executada por uma empresa local; o prazo de conclusão neste ano; sem interferência nas datas especiais para o comércio; a previsão de equipamentos como bancos, pergolado, espaço para mesas, cadeiras; priorização do espaço para pedestres, que efetivamente movimentam o comércio, e ponto de interligação, como uma extensão das duas praças centrais”, disse.
Gabriel Borba – presidente da ACI
Borba conta que a ACI fica contente com a continuidade desse projeto, iniciado na gestão anterior. “Fico muito feliz que a prefeita Helena Hermany viu valor nas coisas que estavam sendo feitas, então ela vai concluir aquelas três quadras que ficarão lindíssimas e vão agregar muito valor no Centro da cidade e, consequentemente, vão aumentar o comércio da região, trazendo benefícios para Santa Cruz como um todo”, destaca. Ele também sublinha que a rua vai ficar ainda mais linda no trajeto inteiro, com uma área mais nobre, sendo um convite às pessoas a vivenciarem esse momento, além de ser um bom investimento para a cidade, deixando ela mais bonita e prospera.
Ricardo Bartz – presidente da CDL Santa Cruz
O presidente da CDL Santa Cruz considera benéfica qualquer melhoria feita no Centro de Santa Cruz do Sul, no sentido de modernizar a área central da cidade. “No ano passado foi iniciada a remodelação e houve uma série de transtornos que atingiram lojistas”, disse. Ele pontua que houve casos de empresas que se mudaram do local, na Rua Marechal Floriano, por conta do fechamento da via e dos prejuízos que registrou. “Consideramos que a obra será fundamental para atrair cada vez mais os consumidores ao Centro e para valorizar a área central da nossa cidade”, destaca.
Mauro Spode – presidente do Sindilojas
O presidente do Sindilojas pontua que toda mudança que vem, direta ou indiretamente, favorece o comércio, por isso a entidade tem que ser parceira, e uma obra como essa requer tempo. “Infelizmente, o período de turbulência faz parte. Mas assim que começar, esperamos que seja rápida e que no final do ano possamos colher os benefícios desta obra”. O presidente avalia que as intervenções deixarão o Centro mais atrativo para o turismo, juntamente com o túnel verde, “temos que louvar essa beleza natural, não vejo Santa Cruz sem essas árvores que são mais um atrativo”. O projeto é visto como positivo pela entidade, “apesar das polêmicas, temos que dar um voto de confiança e que satisfaça a todos”, disse. Spode gostaria que essas intervenções já abrangessem toda a extensão da rua, como entre a Rua Senador Pinheiro Machado e Fernando Abott, que sofrem com a questão das chuvas. Spode ainda salientou sobre a falta de estacionamento no Centro, o que atrapalha a movimentação do comércio, “a obra só adiantou isso”, sublinha.