Ricardo Gais
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A pandemia de Covid-19 se alastra para mais um ano. Enquanto não houver a vacinação em massa, a sociedade continuará a viver dias de incerteza, principalmente nos setores econômicos que estão sendo duramente afetados, pois para que o isolamento social ocorresse, empresários tiveram que fechar as portas de seus estabelecimentos por algumas semanas. As restrições mais severas atingiram em cheio os salões de barbearia, pois não foi possível atender presencialmente os clientes e não havia outra forma de atendimento, ou seja, o trabalho ficou paralisado.
Neste um ano de pandemia, os profissionais da área da beleza tiveram que buscar alternativas para manter as atividades em funcionamento. O cabelereiro Antônio da Fonseca relata que a principal mudança que adotou em seu salão foi na questão de segurança, a higienização foi redobrada e o número de clientes dentro do espaço foi reduzido, além de atender somente por horário agendado para evitar aglomerações, com o uso obrigatório da máscara e de álcool em gel.
Antônio destaca que durante as restrições da bandeira preta, para não perder os clientes optou por não elevar o valor dos serviços. “O abre e fecha têm sido a principal dificuldade dessa instabilidade. Optei por não alterar o valor dos serviços e mesmo com a alta de preços em quase todos os outros setores mantive os preços para não perder os clientes”, disse.
Com a diminuição nos atendimentos, o faturamento do profissional foi afetado, com leves intercalações entre uma melhora e queda no serviço devido às restrições. “O faturamento não está em uma constante, em alguns meses o movimento diminuiu e em outros aumentou em função da melhora e piora da pandemia no final de 2020 e início de 2021. As piores fases têm sido durante a bandeira preta, já que nestes serviços não existia flexibilidade alguma como existe no comércio com o pague e leve”, pontua.
A expectativa de Antônio é de uma retomada da economia e do trabalho neste ano. Segundo o profissional, devido à diminuição de casos de Covid-19, no fim do ano passado, houve uma esperança, mas a doença piorou e veio com mais força nos últimos meses. “Foi totalmente inesperado. Chegamos a pensar em uma volta à normalidade. Me sinto ao mesmo tempo preocupado com minha empresa e preocupado com a saúde minha e da minha família. Redobramos os cuidados depois da piora da pandemia e ficamos na espera da imunização para assim melhorar a situação”, finaliza o cabelereiro
