A chegada de Jesus, dois milênios atrás, permitiu que o Reino de Deus fosse restabelecido na Terra – de acordo com a Bíblia. Antes do nascimento de Cristo, apontam os escritos bíblicos, a humanidade perdeu-se em pecados, que foram perdoados por Jesus e por Deus. A partir daí, uma nova era de perdão começou, na qual a humanidade alcançaria a redenção. Como bem sabemos, nos dois milênios que se seguiram, após a presença de Jesus na Terra, não faltaram pecados cometidos pelos seres humanos. Por isso, a necessidade do perdão é incessante para que todos nós, após nossa passagem pela Terra, alcancemos a redenção e possamos, enfim, chegar ao descanso eterno, sem culpas, em paz conosco e com o universo.
Existe essa dimensão plenamente espiritual, que descrevemos acima, mas também há uma dimensão social para o Reino de Deus trazido por Jesus. Em editorial recente, dizíamos que os Direitos Humanos ganharam um forte impulso em sua configuração através das revoluções Inglesa, Francesa e Norte-Americana. Há outro tipo de interpretação, e de memória, que coloca Jesus como um grande incentivador do que hoje conhecemos como Direitos Humanos. Trata-se de memória e interpretação complementares à indiscutível relevância daquelas três revoluções. Cristo queria a igualdade entre os seres humanos, e como bem lembramos, a equidade entre as pessoas é marca e intenção essenciais do liberalismo político – liberalismo este que permeou as revoluções na Inglaterra, na França e nos Estados Unidos.
A maior diferença, característica de Jesus, em relação às revoluções citadas, é que Cristo procurou fazer um movimento pacífico na direção da igualdade. As revoluções, infelizmente, tiveram sua cota de pecado: foram violentas. Mas esta parece ser a sina do ser humano: errar e acertar, e os pecados… Que sejam perdoados, pelo menos em nível espiritual.