Em duas reuniões na tarde dessa terça-feira, 23, a prefeita de Santa Cruz do Sul e presidente do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), Helena Hermany, tratou sobre a possibilidade da compra de vacinas contra a Covid-19 para imunizar a população da região.
O primeiro encontro virtual foi com o presidente da Famurs, Maneco Hassen. Em seguida, a conversa foi com o prefeito de Esteio e um dos líderes do Consórcio da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal). As duas entidades estão desde dezembro do ano passado em negociações com fabricantes da vacina, como o Instituto Butantan, Pfizer/BioNTech, e Moderna. Movimento acompanhado de perto por Helena, a diretora executiva do Cisvale, Léa Vargas, o assessor jurídico Diogo Frantz, e pelo consultor jurídico da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Ricardo Hermany.
“Temos interesse na compra da vacina e estamos nos adiantando e nos preparando para isso. A imunização é a maior arma que existe contra o coronavírus e precisamos dessa soma de esforços para agilizar a disponibilidade de doses”, disse a prefeita e presidente do Cisvale.
Helena levará o assunto para deliberação dos demais prefeitos do Vale do Rio Pardo em assembleia. Ela sustenta que a compra coletiva da vacina com outros Consórcios poderia diminuir consideravelmente o valor de cada unidade, assim como ocorreu no ano passado com os kits de teste rápido. Além disso, argumenta que a proximidade com a Capital, o início de voos da Azul e a oferta pela Unisc de ultrafreezers para armazenar doses permite que o Município tenha condições de adquirir qualquer um dos imunizantes disponíveis no mercado, incluindo o da Pfizer, aprovado hoje pela Anvisa.
“Estamos em um momento muito crítico da pandemia, com hospitais lotados e aumento de casos, a situação é preocupante. E a única saída é a imunização. Também precisamos vacinar logo os professores para retomar as aulas com segurança”, afirmou Helena.
Compra da vacina em pauta no STF e no Senado
Em julgamento nessa tarde, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para autorizar que estados e municípios comprem e distribuam vacinas contra a Covid-19. Essa permissão valerá caso o governo federal não cumpra o Plano Nacional de Imunização ou caso as doses previstas no documento sejam insuficientes.
Ontem, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse que o Congresso vai elaborar um projeto que autorize não apenas a União, mas estados, municípios e a iniciativa privada a assumirem riscos na compra de vacinas contra a Covid-19.