O aumento de casos de Covid no Oeste de Santa Catarina, especialmente em Chapecó, colocou em alerta o Departamento de Gestão da Atenção Especializada, que organiza a oferta de leitos nas regiões do RS, e o Departamento de Regulação, que providencia as transferências de uma cidade ou região para outra, de acordo com a necessidade e a disponibilidade de vagas em leitos clínicos e de UTI.
“Estamos muito atentos à situação e faremos todos os movimentos necessários para que ninguém fique sem atendimento, caso haja um agravamento da situação”, explicou o diretor do Departamento de Regulação da SES, Eduardo Elsade.
Segundo a diretora do Departamento de Gestão da Atenção Especializada, Lisiane Wasem Fagundes, a Região Covid mais próxima à divisa com Santa Catarina é a de Erechim, que ainda está com uma taxa de ocupação pouco superior a 60%. “Mas isso não é sinal de que podemos ficar tranquilos. A rede hospitalar no RS é bastante potente e organizada e mantém contato constante com a SES. Mesmo assim, os gestores dos hospitais estão sendo contatados para que possamos formar a retaguarda necessária”, disse Lisiane.
No processo de avaliação das bandeiras do Distanciamento Controlado, a região de Erechim apresentou piora na avaliação de três indicadores que abrangem dados específicos da região, totalizando dois destes com avaliação de risco máxima (bandeira preta). Com a piora na avaliação de um indicador de Velocidade de Propagação da Macrorregião Norte, houve elevação da média ponderada final para dentro dos parâmetros que determinam a bandeira final na cor vermelha.
“A situação de Nonoai, em especial, é preocupante porque há risco alto na região. Estamos encaminhando amostras para verificar que tipos de vírus estão em circulação e pedimos que as pessoas evitem aglomerações e façam uso dos protocolos individuais de proteção. Como há muitas pessoas assintomáticas, ficar em casa nesse momento é a melhor medida para evitar novos contágios e o agravamento da situação”, afirmou a secretária da Saúde, Arita Bergmann.