Mara Pante
Faltando um mês para conhecer o prefeito eleito para a gestão 2013/2016 na Prefeitura de Santa Cruz do Sul, o Riovale Jornal publica entrevista mostrando um lado mais pessoal dos candidatos que compõem as três chapas concorrentes. Kelly Moraes e Luis Augusto Costa a Campis da coligação A Força do Povo (PTB/PT/PSB/PDT/PTdoB/PR/PSD/PCdoB), Silvério Stölben e Carlos Fredrich do Partido Socialista dos trabalhadores Unificado (PSTU), Telmo Kirst e Helena Hermany da coligação Todos Por Uma Santa Cruz Melhor (PP/PPS/PSDB/PRTB/PV/PSL/PMDB/DEM/PRB/PSC).
Leia o que pensa cada candidato a prefeito e a vice:
Qual o ponto mais forte de seu Plano de Governo?
Kelly Moraes – A Saúde é e sempre será nossa prioridade, por isso é o ponto mais forte do nosso Plano de Governo, assim como a captação de recursos junto ao Governo Federal para seguirmos investindo no desenvolvimento do nosso Município.
Silvério Stölben – Os pontos mais fortes de nosso Plano de Governo são a valorização do funcionalismo público, a implementação de Saúde a toda a população com qualidade, educação integral desde a pré-escola até o ensino fundamental. Mas, mesmo assim, não temos nenhuma fórmula pronta, pois iremos discutir com a população todas as ações frente à administração de Santa Cruz do Sul.
Telmo Kirst – Nosso plano de Governo foi feito e pensado em conjunto com técnicos e lideranças políticas, ou seja, feito para atender as necessidades da comunidade. Considero todos os pontos fortes, mas destaco o tipo de administração que vou adotar para Santa Cruz, que passa pela modernização do serviço público, valorização do funcionalismo e o corte de gastos. O maior gasto da Prefeitura, hoje, se refere à folha de pagamento, por esse motivo estou comprometido em diminuir secretarias e cargos em comissão para usar este dinheiro em investimento para nossa cidade. Hoje, a Prefeitura de Santa Cruz investe menos de 10% do orçamento próprio em infraestrutura, eu vou mudar isso.
E o mais frágil? O senhor (a) consegue reconhecer e admitir?
Kelly Moraes – Não vejo um ponto mais frágil, mas sabemos que precisamos dar atenção especial ao trânsito, e vamos desenvolver projetos junto com a comunidade, que são os usuários do trânsito para buscarmos soluções, como a criação de mais vias rápidas.
Silvério Stölben – Sem querer ser prepotente, nosso Plano de Governo, em sua totalidade, é o melhor para os trabalhadores de Santa Cruz do Sul e necessário para a melhoria da qualidade de vida da população.
Telmo Kirst – Não vejo com apontar ponto fraco em nosso Plano de Governo, justamente porque ele se refere às necessidades da nossa comunidade.
Qual, no seu entender, o problema mais grave que o município atravessa neste momento?
Kelly Moraes – Um problema comum na maioria das cidades, em especial às cidades em crescimento, que é o trânsito.
Silvério Stölben – É a falta de competência dos atuais gestores públicos de nosso município, haja vista sua incapacidade de enxergar o que é prioridade de fato para a população de Santa Cruz do Sul.
Telmo Kirst – Gastança desenfreada da atual administração prejudicando investimentos e setores como Saúde. Educação e Segurança. Dentro de um contexto onde já fomos melhores em todos os segmentos, é difícil escolher um que seja menos problemático. Porém, destaco a falta de vagas nas creches, a demora que a nossa comunidade sofre no atendimento a saúde e a falta de organização do trânsito.
Qual sua postura, como prefeito (a) eleito (a), na questão da implacável perseguição ao setor do tabaco?
Kelly Moraes – A mesma postura que sempre tive quando deputada federal e deputada estadual e agora como prefeita, de defender os fumicultores e a indústria. Citando apenas um exemplo, lembro do incentivo fiscal que nosso governo deu à Philip Morris, para que permanecesse em Santa Cruz do Sul e ampliasse a sua linha de produção. Também vamos seguir investindo na diversificação, tanto na agricultura, quanto na atração de novas empresas.
Silvério Stölben – A questão do tabaco precisa deixar de ser um palanque eleitoral, pois sempre aparecem em época de eleições os perseguidores deste setor e logo em seguida, aparecem os seus defensores. O problema do tabaco não vai ter solução em discursos pré-eleitorais. Este é um tema muito mais complexo e não será resolvido agora, com alguma fórmula mágica.
Telmo Kirst – Conheço o setor do tabaco, sua cadeia produtiva e sempre tive compromissos com esta questão. Hoje a fumicultura é responsável por boa parte dos impostos recolhidos no Brasil, somos o maior exportador de fumo do mundo, e o nosso agricultor recebe mais por plantar tabaco. Essa é a realidade. Agora que o governo federal restringiu os incentivos financeiros para quem planta tabaco, vou dentro do permitido desenvolver projetos de diversificação do plantio, e buscar reverter esse quadro, afinal de contas, esta normativa do Banco Central não atinge só as indústrias, mas principalmente o nosso agricultor.
Qual será o critério para a escolha de seus secretários municipais caso eleito?
Kelly Moraes – Vamos manter os mesmos critérios adotados na gestão atual, buscando pessoas com perfis que se identifiquem com as respectivas secretarias.
Silvério Stölben – Os secretários serão escolhidos entre os seus pares, pois entendemos que os que melhor saberão gerenciar cada área são os que efetivamente trabalham no dia a dia do seu setor. Isto será uma forma de valorizar o serviço público e garantir o bom desempenho de cada área em favor da população.
Telmo Kirst – Vou escolher meus secretários a partir do critério técnico e de competência para desempenhar as funções.
Quais as características idênticas entre o (a) senhor (a) e seu companheiro (a) de chapa? E a principal diferença?
Luis Augusto Costa a Campis – A característica comum que destaco é a capacidade de ouvir e de buscar o consenso entre as diferentes posições.
Carlos Fredrich – Eu e meu companheiro Silvério temos em comum ideal de uma sociedade justa e igualitária. Quanto às nossas diferenças, estas se resumem a questões pessoais, que em nada irão interferir em nossa administração.
Helena Hermany – Eu e o Telmo somos muito parecidos, mas de maneiras diferentes e assim formamos a unidade. Somos gestores preocupados com melhorias para a comunidade: infraestrutura, empregos, qualidade de vida e melhores salários.
Qual sua bandeira pessoal a ser trabalhada se eleito?
Luis Augusto Costa a Campis – Quando você é eleito para governar para o povo, seus interesses pessoais não podem sobre valer. Assim, o que tenho é uma bandeira do interesse coletivo. Mas sem dúvida, a saúde é a nossa principal bandeira.
Carlos Fredrich – Eu não tenho bandeira pessoal caso eleito. A minha bandeira é a bandeira dos trabalhadores, que é a bandeira da maioria absoluta da população de nosso município.
Helena Hermany – Vou trabalhar junto com o Telmo em todas as áreas, porém, estarei mais focada na questão social da Prefeitura. Gosto de estar diretamente ligada a comunidade, indo aos bairros e visitando cada pessoa.
Qual o problema mais grave, no seu entender, que o município atravessa hoje?
Luis Augusto Costa a Campis – O problema enfrentado pela maioria dos municípios que estão em pleno desenvolvimento; o trânsito. Para isso já estamos nos mobilizando buscando alternativas para solução, ou ao menos de minimização dos problemas originados em função do crescimento do numero de veículos que circulam na cidade.
Carlos Fredrich – A Saúde. Nossa população não merece o descaso com que é tratada nessa área, com esperas intermináveis para consultas, exames. Mas também, na educação, faltam vagas em Emeis (creches), pois a lei exige atendimento integral para todas as crianças de 0 a 6 anos.
Helena Hermany – A falta de organização do nosso trânsito e mobilidade urbana e a demora no atendimento a saúde. Algumas pessoas esperam mais de um mês para receber atendimento e nós vamos mudar isso.
Como resolveria o impasse com os servidores municipais em greve?
Luis Augusto Costa a Campis – Como fizemos até agora, nós conduzimos o assunto com dialogo, abrindo os números do nosso orçamento municipal e indo ao encontro das demandas dos funcionários, o máximo possível, sem comprometer as finanças do município.
Carlos Fredrich – Em primeiro lugar, não haveria esse impasse, pois em nosso governo vamos ter um canal direto e permanente de diálogo com os servidores e seus representantes. Os servidores municipais somente entraram em greve em 2011 porque a Administração não negociou em nenhum momento com a categoria dos servidores municipais.
Helena Hermany – Eu e Telmo resolveríamos o impasse com os servidores municipais em greve, com diálogo. Não adianta a Prefeitura se negar a atender a demanda dos funcionários públicos, que tem o direito de reivindicar melhores condições de trabalho. É necessário diálogo e compromisso.
Qual é para você o papel de um vice-prefeito? Até onde deve ou pode ir sua autonomia?
Luis Augusto Costa a Campis – O papel do vice é de ajudar a prefeita na gestão do município e para isso é preciso ter o conhecimento de todo o funcionamento da Prefeitura, e não apenas de substituir a prefeita na sua ausência. No meu 1º mandato tive uma atribuição específica, que foi desenvolver a política de captação de recursos, trabalho do qual eu me orgulho muito no nosso governo e que continuaremos a desenvolver.
Carlos Fredrich – Como vice-prefeito estarei sempre próximo ao prefeito Silvério, participando de todas as ações da administração. O vice não deve se limitar a ficar simplesmente à espera de, eventualmente, substituir o prefeito. Deve, sim, estar sempre à disposição e trabalhar em favor da população, ajudando a por em prática o programa de governo com o qual foi eleito, residindo neste ponto, o limite de sua autonomia.
Helena Hermany – O papel do vice-prefeito é substituir o prefeito. Eu e Telmo estamos em sintonia e a minha autonomia será construída a partir do diálogo.
