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Estado suspende volta às atividades presenciais na rede estadual

Ricardo Gais
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Maioria das escolas estaduais do Município já está apta para o retorno presencial. Foto: Ricardo Gais

A volta e não volta das aulas presenciais às escolas estaduais continua sendo discutida. Quando parecia que tudo se encaminhava para o retorno dos estudantes, nessa terça-feira, 3, uma nova decisão judicial barrou a retomada em todos os municípios gaúchos e em todos os níveis de ensino da rede estadual. A ação civil pública foi movida pelo Cpers-Sindicato e a Procuradoria Geral do Estado irá recorrer da decisão.

O despacho, proferido pelo juiz Cristiano Vilhalba Flores, da 3ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre, disse que a volta às aulas na rede pública estadual depende da revisão de técnicos especializados da área sanitária e não de professores e diretores ou por um Centro de Operações de Emergência em Saúde para a Educação (Coe-e). Assim, a Secretaria da Educação do Estado (Seduc) decidiu suspender, a partir dessa quarta, 4, todas as aulas presenciais no RS, sem data prevista para o retorno. A orientação é de que seja adotado novamente o ensino remoto.

De acordo com Luiz Ricardo Pinho de Moura, coordenador da 6ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), em Santa Cruz do Sul, logo que se teve conhecimento da suspensão das aulas, todas as direções escolares foram comunicadas sobre a ação. “Estamos lidando com a situação com a mesma preocupação e responsabilidade, bem como atendendo todos os protocolos necessários para o início das atividades, que não foi possível”, disse.

Moura comenta que a maioria das escolas do Município já está apta para o retorno presencial e algumas retomariam as atividades nos próximos dias, mas perante a situação, é preciso aguardar. “As escolas já estão com os equipamentos de proteção individual (EPIs), material de higiene e limpeza”, apontou Moura.

O novo normal nas escolas também exigirá uma reorganização dos funcionários, visto que alguns compõem o grupo de risco, além de outras funções que deverão ser desenvolvidas nos educandários como aferição de temperatura. Moura salienta que devido ao baixo número de estudantes que optaram por fazer o ensino presencial, isso não deve causar uma falta de funcionários, visto que as instituições possuem condições para fazer um gerenciamento de todos dentro das escolas.